Instintos de agressividade e violência

Fahed Daher

O instinto de agressividade é natural entre os seres vivos. A agressividade contra o que depende a manutenção da vida do agressor, à busca de elementos e alimentos que lhe sustentem a vida, pelo estímulo do instinto de conservação pessoal.

Aqui observamos a atividade da ameba, ser vivo rudimentar que, diante de algum elemento que lhe sirva de nutrição o engloba em sua massa citoplasmática e o digere.

Os animais em geral, diante de elementos ou presas que lhes sirvam de nutrição, impulsionados pelo instinto de conservação pessoal, na alimentação, atacam ou agridem.

Nos seres vivos de formação estrutural mais complexa, também a agressão se manifesta na disputa pela fêmea, obedecendo ao impulso do instinto de conservação da espécie e, nos animais gregários, esta manifestação agressiva se faz no instinto do domínio territorial e instinto de hierarquia.

A partir do instinto de agressividade vamos encontrar, em grau maior a manifestação da violência, esta consciente e planejada, própria dos seres capazes de possuir maior grau de memória, de imaginações e capacidade de querer, de domínio pela força ou pela sagacidade. Isto entre animais desenvolvidos no sistema nervoso.

Nestes tipos de violência vamos encontrar a violência predatória. A violência sádica. A violência de conquista, violência de mando, violência de capitalismo, violência de comunicação, violência recreativa e, mesmo esta, pela manifestação do instinto de hierarquia e de domínio territorial perde os característicos de vivência harmônica e congraçamento, para receber o domínio do capitalismo.

Pois no campo profissional as violências recreativas se tornam disputas de poder e ou lucros. Por outro lado, de afirmação de bandeiras ou afirmações territoriais, quando não de interesse de governos, estados ou países.

Muito próprias nas disputas aparentemente recreativas, internacionais, como nas disputas de futebol que carregam consigo muitos interesses de capital e pouco de nacionalidade.

Teremos de encarar a violência de reação que tem por finalidade reagir para se defender e conservar a liberdade, a vida, a propriedade a dignidade embora o interesse seja o de preservar.

Se entrarmos no terreno dos desequilíbrios mentais, encontramos tipos de violências patológicas, paranóicas ou de desequilíbrios, de depressivos ou mesmo de obsessivos que não medem as finalidades globais ou societárias, nem mesmo a própria promoção, mas são guiados por forças compulsórias que apenas desejam as violências que podem ser físicas, morais ou culturais.

Dentro deste característico os seqüestradores, os latrocidas, os que praticam atos nem mesmo para lucros financeiros, ou de poder social, mas apenas para satisfação das forças sádicas que os dominam.

Alem dos tipos políticos que, buscando o poder grupal ou social, buscam para dominar, mesmo com o sacrifício dos opositores, ou dos que sugerem fraquezas, ou mesmo possíveis ou imaginados opositores.

Ditadores. E nenhuma ditadura se estabelece sem que haja sacrifícios de muitos. O domínio do ditador há de ser o mais possível estável, domínio nem sempre para o bem coletivo, porem apenas para a satisfação sádica do dominador.

Dentro deste capítulo da paranóia sádica, que se faz agressiva, impera o culto da personalidade em que a razão deve estar imperiosamente com o ator, que se julga o mais inteligente, o mais capaz, o merecedor das vantagens ideais e vontades, no subjetivo de que suas ações e interesses são realmente os necessários e de vantagem para o grupo ou a nação dominada. No que ele considera o bem de todos..

Este, na atitude falsa de castigar o possível causador do desastre das torres gêmeas, castiga e domina povos despreparados e desprotegidos do Afeganistão, do Iraque, sob pretexto de que são capazes de ameaçar o mundo dominado pelos agressores. Agressores com armas mortíferas.

Também, em nome dos que morreram com as torres gêmeas, leva seus jovens inocentes soldados a morrer e matar outras jovens e inocentes famílias.

Oramos para que Lula não aumente ânimos da paranóia do poder.

Academia de Letras Centro Norte do Paraná – Centro de Letras do Paraná (Curitiba)

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