Insegurança: o problema do Brasil

Guilherme Campos, 51 anos, deputado federal pelo PSD/SP

A triste realidade, de completa insegurança pública no país, é refletida em uma atual pesquisa do Ibope, encomenda pela Confederação Nacional da Indústria. O levantamento "Retratos da Sociedade Brasileira: Problemas e Prioridades para 2014" atesta que, a insegurança e a violência, assim como a má qualidade dos serviços de saúde pública, são os principais problemas do Brasil. Para quase um terço da população brasileira, o combate à violência e a criminalidade deveria ser a prioridade para o governo em 2014. Mas não tem sido, como mostram os dados e a realidade.

 

Os números da violência crescem a cada dia. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os registros de roubos na capital paulista tiveram um aumento vertiginoso de 41,8%, em janeiro deste ano. Foram 13.416 casos, ante 9.463 no mesmo período do ano passado. É sabido que a violência aflige toda a nação e não escolhe unidade da federação.

 

Enquanto isso, o cidadão se vira como pode. O medo da violência tem feito crescer sem parar a indústria de blindagem de veículos. No ano passado cerca de 10 mil carros foram blindados no país. O setor registrou, só no primeiro semestre, alta de 11%. E o serviço não é barato, variando de R$ 22 mil a R$ 70 mil dependendo do modelo, com fila de espera que pode chegar a 70 dias.

 

Em Fortaleza, a sétima cidade mais perigosa do mundo, empresas de blindagem chegaram a registrar um aumento de 70%. Já a área de segurança residencial verificou um acréscimo de 30%.

 

Embora o setor de segurança privada seja um dos que mais se beneficia financeiramente do caos que se instala no Brasil, não tem autorização para contribuir para a segurança dos cidadãos de forma mais geral, não podendo tomar o espaço abandonado pelo poder público.

 

Já o cidadão, foi convidado nos últimos anos a entregar suas armas em fracassadas campanhas de desarmamento. No Ceará, no ano de 2013, foram 451 armas entregues e em São Paulo 8510. O bandido, obviamente, não entregou as suas. Chamado à urna, o povo disse não ao desarmamento, esperando ter garantindo o direito de possuir legalmente uma arma para sua defesa.

 

Em contraponto, o governo federal, além de não conseguir oferecer segurança aos cidadãos, afronta a vontade soberana da população e cerceia o direito a legitima defesa com leis desarmamentistas ineficazes que não consideram a realidade do país. Este cenário é um convite para que os criminosos continuem a cometer atos ilícitos. Além de contribuir com a ilegalidade. Segundo o Ministério da Justiça, atualmente, mais da metade das 16 milhões de armas de fogo que circulam pelo país não estão devidamente registradas no Sistema Nacional de Armas (SINARM).

 

É urgente a revisão dos procedimentos para concessão e renovação de registros de armas de fogo e menos letais para os cidadãos de bem, que não aguentam mais viver desprotegidos e rendidos nesse clima de guerra civil.

 

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