Bancarrota

Com a desistência de Aécio Neves em candidatar-se a presidente, tomba por vez, direto e sem retorno, a malfadada Dilma Rousseff.

Enquanto o PT jogou mal desde o início, sem um candidato firme, o PSDB, com políticos muito preparados, jogou no sigilo. A dúvida Aécio ou Serra só fazia crescer a expectativa, com os outros candidatos em fase de modesto crescimento.

Agora veio o golpe mortal. Aécio vai para o senado, apóia a candidatura de Serra, que provavelmente vence as eleições em primeiro turno, dado o apoio do governador mineiro e a decisão de grande ala do PMDB.

Esta situação era previsível para muitos conhecedores da política brasileira. Mas eles ficaram calados; com horror ao governo que mais teve seus participantes envolvidos em crimes, todos sendo processados pelo STF, não era conveniente alertar os petistas da bancarrota que se aproximava.

Num governo onde o Procurador-Geral da República afirma que não pediu ao Supremo que o presidente fosse processado criminalmente por falta de provas, conforme declarou ao país fica difícil acreditar em alguém.

Quando uma pessoa é investigada, mostra que é suspeita. O presidente era suspeito. Este fato não é conveniente para ninguém. Muitos auxiliares diretos foram denunciados; havia prova. Ele escapou.

Vai ser o argumento principal de Aécio ou Serra para baterem inapelavelmente Lula. Este destino faz parte de um processo histórico. Grandes nomes, quando caídos em desgraça, afundam na lama que provocaram. Hitler, Mussolini, Stálin e no Brasil, Getúlio Vargas.

O sonho de Lula de abrir a Copa do Mundo e as Olimpíadas terminou.

Os tucanos retiram qualquer possibilidade de Lula. Tem mais. Sem a faixa presidencial, é muito provável, quase certo, que apareça uma sucessão de provas. Este é o ponto nevrálgico da questão. O fim chegou.

Jorge Cortás Sader Filho

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