Três ônibus quemados em São Paulo colocaram a população em alerta

Na noite desta terça-feira atentados atribuídos a criminosos colocaram a população de São Paulo em alerta . Três ônibus foram incendiados na zona sul e um carro da Polícia Militar foi alvo de tiros na mesma região. Ninguém ficou ferido. Os ataques lembraram as ações da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no ano passado.

 Assim como naquela ocasião, o secretário estadual da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, diz á Folha de S.Paulo que não há motivo para alarme e que a situação está sob controle. "Não há nenhuma razão para qualquer tipo de alarme", afirmou o secretário. "Não dêem aos episódios dimensão maior do que efetivamente têm", disse, em entrevista no início da madrugada

Dos três ônibus que apareceram incendiados na noite de terça, pelo menos um foi certamente atacado por criminosos - conforme a PM, o veículo tinha passageiros que testemunharam a ação. Os bandidos, que estavam em motos, forçaram a parada do ônibus no Parque Bristol, tiraram os ocupantes do veículo e atearam fogo. Os bombeiros controlaram as chamas pouco depois. Os dois outros ônibus incendiados estariam parados, no Jardim Botucatu.

O ataque aos policiais ocorreu no Ipiranga, onde três bandidos atiraram contra uma viatura da PM estacionada perto de uma estação de trem. Os dois policiais que estavam no carro no momento do ataque não foram atingidos. Na onda de ataques do PCC no ano passado, os ônibus e as viaturas e bases policiais foram os principais alvos dos bandidos. Naquela ocasião, os choques entre policiais e criminosos supostamente ligados ao PCC deixaram dezenas de mortos.

 Na madrugada desta quarta, o secretário da Segurança recusou comentar as possíveis motivações dos ataques e ligações com a facção criminosa. Ele afirmou que "todas as hipóteses" são investigadas. "Sobre técnicas de investigação e métodos de investigação é evidente que eu não vou falar numa entrevista pública." Segundo ele os ataques poderiam ter sido motivados não pelo crime organizado, mas por disputas comerciais.

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