PRÓXIMO DE UMA GUERRA UNILATERAL

O Conselho de Segurança das Nações Unidas ouviu hoje, de novo, os responsáveis pelas inspecções no Iraque que, mais uma vez, pediram mais tempo para recolher informações, salientando a maior colaboração do Iraque e não apresentando provas para que qualquer tipo de ataque se justifique. As posições dos membros do Conselho de Segurança foram reiteradas, deixando clara o mais que provável chumbo de uma segunda resolução que autorize qualquer ataque militar. Os governos que querem fazer a guerra a qualquer custo adiaram o ataque por mais dez dias. Como afirmou, no Conselho de Segurança, o ministro francês, dar um prazo de dias é procurar a guerra. Ontem, George Bush insistiu em avançar para a guerra independentemente da decisão das Nações Unidas, afirmando mesmo que não necessita da autorização de ninguém para este ataque. Como deixou claro o Presidente da República Portuguesa esta guerra é ilegítima e ilegal. Perante esta declaração clara, o primeiro-ministro tem de ser claro sobre a postura portuguesa em relação à cedência da base das Lajes. Recorde-se que, não havendo autorização do Conselho de Segurança, a utilização da Base das Lajes tem de ser autorizada pelo governo português. Mantendo esta autorização, o governo estará a sancionar esta guerra e, assim, a ser cúmplice já não apenas de um crime contra a paz, mas de uma ilegalidade. Começa a aproximar-se a hora da verdade para Durão Barroso: ou escolhe apoiar uma decisão do Conselho de Segurança e do Presidente da República Portuguesa ou apoia uma guerra unilateral.

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