Situação do negro no campo é tema de encontro em Brasília

Igualdade racial e condições de vida no meio rural são temas de debate no Seminário Nacional sobre Comunidades Negras no Campo, que começou ontem e termina amanhã, em Brasília. O evento é promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Para o secretário de Política Agrária da Contag, Paulo de Tarso Caralo, o encontro definirá uma agenda de compromisso que priorize a inclusão racial e étnica e debaterá as principais políticas para as comunidades negras no campo.

"Precisamos que o governo socialize as principais políticas para as comunidades negras no Brasil, como a regularização fundiária e o projeto Terra Negra. Além disso, queremos que o movimento sindical ajude no processo de divulgação dessas políticas afirmativas", afirma o secretário.

O evento vai contar com depoimentos de vivências e histórias das lideranças negras em diversas regiões e debates sobre desafios e avanços para a igualdade racial no Brasil, conduzido pela coordenadora do Fуrum de Mulheres de Pernambuco, Vera Baroni.

De acordo com a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, o objetivo do seminário é incentivar diálogos sobre questões raciais e propor ações coletivas para comunidades negras do campo e dos centros urbanos.

"A importância está em discutir de maneira coletiva interesses e demandas de setores diferenciados. As pessoas do meio urbano têm um interesse e as do campo têm outro. Quanto mais nós conseguirmos unificar nossas bandeiras de luta e somar interesses comuns, mais conseguiremos avançar na reestruturação da política agrária do país", ressalta a ministra.

O representante da Comunidade Conceição das Crioulas de Pernambuco, Andrelino Antônio Mendes, afirma que sentia falta de discussões sobre este assunto e concorda que o seminário ajuda a valorizar os negros. "Havia uma lacuna quando se tratava desse tema. Discutia-se a respeito de trabalhadores em assentamentos e até mesmo dos indígenas, mas dos negros neste ámbito estava um pouco vago", completa Mendes.

Segundo "Agência Brasil"

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