Moçambique: Ataques jihadistas continuam a semear o caos

Apesar de garantias de segurança pelas Forças Armadas de Moçambique, ataques por jihadistas em Palma, região de Cabo Delgado, criaram milhares de refugiados e fome entre a população.

Malária e cólera

Pelo menos 2.800 pessoas morreram nos conflitos, metade destes civis. A grande onda de pessoas deslocadas está a criar enorme pressão sobre as infraestruturas de saúde, numa altura em que a pandemia de Covid-19 se faz sentir cada vez mais, embora nesta região a taxa de infecção ainda está baixa mas há outros problemas mais urgentes, como a malária e cólera.

Raoul Bittel, chefe de operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Pemba, descreveu a situação aos jornalistas

"Se você olhar para o que aconteceu no ano passado e neste ano, temos um aumento de cerca de sete vezes no número de pessoas que fugiram dos distritos do norte, de cem para cerca de setecentos mil. Então, obviamente, isso coloca muita pressão sobre infraestrutura existente: saúde, educação, tudo".

Mais de 700.000 pessoas abandonaram suas casas desde que a violência começou, há três anos e meio - 64.000 delas apenas nos últimos dois meses desde um grande ataque na cidade de Palma. Pelo menos oito em cada dez deslocados moçambicanos vão morar com a família, amigos ou estranhos, de acordo com agências de ajuda humanitária.

A fome está a amentar na região, de acordo com o Programa Alimentar Mundial.

Pravda.Ru

 

Foto: By Ton Rulkens, CC BY-SA 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=21958067

 

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