Ameaça americana

 A permissão da Colômbia em autorizar forças dos Estados Unidos no seu território é um alerta para todo o continente.

Imediatamente, os bons serviços militares norte-americanos foram oferecidos para proteção de não se sabe quais países do nosso continente sul.

Chile e Brasil repudiaram a idéia de pronto. Marines e Rangers não são bem-vindos, pelo contrário. Nosso vizinho Hugo Chávez nem consultado foi, por razões óbvias. Detesta e é detestado pelo governo dos EUA.

Perigosa, esta atitude americana. Demonstra claramente em instituir na América do Sul, várias bases, como em Guantánamo, Cuba, onde reinam com absoluta calma. A base, hoje transformada também em prisão de supostos inimigos dos Estados Unidos, que vivem acorrentados e sofrem tortura, lembrando Auschitz ou Dachau.

O Brasil começa a sofrer pressão. Reativada e modernizada, a Quarta Frota estende seu poderio pelo Atlântico Sul. Pretende resguardar o pré-sal, que foi objeto esta semana – estou escrevendo em 6/8/2009 – com interesse declarado de ajuda com tecnologia para exploração, quando se sabe ser a Petrobras uma das mais competentes empresas exploradoras de petróleo em águas marítimas profundas.

Cientes de que estão nos estertores da soberania, que passará para a China, atualmente a nossa maior parceira comercial, o governo americano está dando suas últimas cartadas. Que podem ser perigosas.

O povo e o governo brasileiro mantêm boas relações de amizade com os Estados Unidos. Seria muito bom que assim continuasse, e não o contrário.

Como democrata convicto, apenas penso que os peregrinos do May Flower, que chegaram ao território norte-americano com a idéia de construir um país livre, sua casa, seu lar, devem estar desapontados com as políticas dos governos da terra que construíram.

“Desde a Segunda Guerra Mundial, todos os presidentes americanos iniciaram pelo menos uma guerra.” - Mikhail Gorbatchov

Obama não escapa. A do Afeganistão, bem camuflada, é dele.

Enfim, God save the America.

Jorge Cortás Sader Filho

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