O mercado da Madalena

O mercado da Madalena

Pesquisa de textos e fotografias de Clóvis Campêlo  

Segundo o site da Prefeitura da Cidade do Recife, "o Bairro da Madalena é local de grande importância histórica. Foi rentável zona açucareira do Recife antigo. A construção do mercado teve início em 6 de fevereiro de 1925, e a inauguração se deu no mesmo ano. No local, se reunía um aglomerado de feirantes, que ali vendiam frutas e verduras, sem qualquer interferência por parte da Prefeitura. Funcionava à noite e, por isso, recebeu o nome de Mercado do Bacurau. O horário noturno atraía, além de comerciantes, boêmios, que buscavam um local vivo nas noites provincianas do Recife. Nos fins de semana, o movimento era mais intenso durante o dia, com destaque para o comércio de comidas típicas: mungunzá, tapioca, cuscuz com café, e o saboroso sarapatel de Manoel Mendes.Hoje, são 180 compartimentos, que oferecem alimentos variados: frutas, verduras, legumes, cereais, carnes e peixe. A parte onde funciona a administração conserva a estrutura original. Alterou-se, apenas, a parte térrea, onde funcionavam os sanitários e o depósito".

Já o pesquisador Flávio Guerra, no seu livro Velha igrejas e subúrbios históricas,  de 1978, diz o seguinte sobre o bairro da Madalena: "O importante bairro da Madalena, hoje uma aprazível área residencial, já quase dentro da própria zona urbana da cidade, que se expande cada vez mais, podendo-se, por isso, talvez, considerá-lo um bairro, é incontestavelmente um dos mais nobres e poéticos trechos do velho Recife". E citando Mário Sete: "Madalena, austera e nobre, possuindo para morar uma porção de solares imponentes, de frente e terraços para orio, vive dentro de si mesmo, aguentando o declínio sem gemer, sonhando com o seu grande passado, o seu fulgurante enlêvo de outrora".

Por seu lado, o historiador Carlos Bezerra Cavalcanti, no livro O Recife e seus bairros, de 1998, afirma: "Dona Madalena Gonsalves deu seu nome ao engenho que, segundo Pereira da Costa, campeava no largo, hoje denominado Praça João Alfredo". E complementa: "Esse bairro conservou, através dos tempos, sua condição aristocrática, nele residindo até 1841, o futuro Conde da Boa Vista, Francisco do Rêgo Barros, um dos mais brilhantes Presidentes da Província de Pernambuco. Nele também, mais precisamente num casarão da Rua Benfica, hospedou-se em 1859, Sua Majestade Imperial, Teresa Cristina, que acompanhou o marido D. Pedro II em sua visita a nossa Capital".

Ainda segundo Carlos Bezerra Cavalcanti no livro acima citado, o mercado foi inaugurado no dia 19 de outubro de 1925, pelo governador Sérgio Loreto. Ainda segundo Bezerra, em 1982, o historiador Vanildo Bezerra Cavalcanti descobriu no frontispício do mercado um escudo descaracterizado que se tratava do Brasão da cidade do Recife, que hoje, devidamente restaurado, pode ser visto na fachada do prédio.

O pesquisador João Braga, no livro Trilhas do Recife - Guia Turístico, Histórico e Cultural, afirma que o mercado foi inaugurado na gestão do prefeito Antônio de Góes Cavalcanti. Afirma ainda que o mercado recebeu o nome de Bacurau, numa referência ao pássaro madrugador, porque funcionava no horário noturno.

Para finalizar, a Wikipédia diz o seguinte: "O mercado tem sua importância na cultura e na gastronomia pernambucanas. Em sua parte externa há uma praça de alimentação, funcionando as 24 horas do dia, com comidas típicas regionais. 
Anexa ao mercado, é muito conhecida a feira de passarinhos. Devido à abrangência econômica da cidade do Recife, pessoas de diversas regiões do Nordeste se alojam na cidade em busca de oportunidades, e o mercado é um ponto de encontro dos matutos na cidade, principalmente aos sábados ao redor do Box Sertanejo".

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