Que ocorreu com meu coração?

Que ocorreu com meu coração?

Escrito por Rodrigo Londoño Timo

Há mais de um ano decidimos em Colômbia deixar para trás a guerra e intentar avançar para a democracia, com suas milhares de fragilidades. É uma forma de amar a paz, a convivência, ainda imperfeita, que é mil vezes preferível a quaisquer que sejam as formas da guerra.


No caminho da paz, se lastimou um pouco.

Alguém disse alguma vez que a pessoa não faz a guerra porque odeia a quem tem em frente senão porque ama aos que têm por trás. E, se bem que creio que isso é certo, também sei que quando a guerra começa, o ódio entra, não importa se é chamado ou não. Sem pedir licença, o ódio entra. No nosso caso, felizmente nunca lhe permitimos entrar em nosso coração e por essa razão não foi difícil dar o passo que demos.

Há mais de um ano decidimos em Colômbia deixar para trás a guerra e intentar avançar para a democracia, com suas milhares de fragilidades. É uma forma de amar a paz, a convivência, ainda imperfeita, que é mil vezes preferível a quaisquer que sejam as formas da guerra.

Os colombianos decidimos debater, compreender, abraçar, rechaçar e fazê-lo com energia, com veemência e paixão, porém sem violência. Assim de incômodo, assim de difícil de entender, para aqueles que se alimentam do ódio, é o que decidimos. Esta paz nos custou vidas, porém que já começou e não se deterá se seguimos atentos, despertos e decididos a não permitir que o ódio entre em nossos corações.

Meu coração é feliz com esta ideia e, ainda que quase me mata noutro dia, sei bem que meu coração é feliz assim, eu o sei porque me fez sentir. Se manifestou a propósito há alguns dias, com muita clareza e com tanta intensidade que terminei numa clínica. Sua mensagem foi clara, me disse que tenho que cuidar para seguir lutando com amor e pelo amor que nasce dele.

Esta é uma mensagem também para aqueles que vivem com o ódio no ventre.

Viva Colômbia!

Viva a luta pacífica pelo bem do comum!

Viva o coração da paz que seguirá pulsando!

Tradução > Joaquim Lisboa Neto

 

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