Obras junto às mesquitas em Ierusalem ameaçam a trégua em Gaza

Crescem as  tensões en torno das obras iniciadas ontem junto às mesquitas de Al-Aqsa e Omar em Jerusalém . A polícia israelense restringe nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, a entrada de palestinos e visitantes na esplanada das mesquitas sagradas de al-Aqsa e Omar, segundo Efe. Só os palestinos maiores de 45 anos e com documento de identidade expedido pelas autoridades israelenses poderão entrar na esplanada para orar.

Uma escavação arqueológica, segundo israelitas,  tem que preceder a reconstrução de uma passadeira, danificada em 2004 por uma tempestade de neve e por um tremor de terra.

O Estado hebraico nega que as obras irão causar danos à mesquita, mas diversos países árabes apelaram à interrupção dos trabalhos. Do lado palestiniano, o governo sugere que esta nova ofensa ameaça a trégua em vigor em Gaza.


Gidon Avni, arqueólogo responsável pela escavação, sustenta que "tudo está a decorrer fora do perímetro do Monte do Templo, a cerca de cinquenta metros do muro, e que nenhuma obra vai ter lugar nessa área. " Mas apesar das declarações de Israel, as obras irritaram palestinianos e vários governos árabes.  

O rei da Jordânia, Abdullah II, acusou Israel de "flagrante violação" do tratado de paz entre os dois países, assinado em 1994, que reconhece ao país "direitos históricos" nos santuários venerados pelos muçulmanos em Jerusalém.

O Movimento Islâmico de Israel há anos afirma que "a mesquita de al-Aqsa está em perigo". O grupo convocou protestos para a próxima sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos. As autoridades israelenses planejam um reforço da segurança.


Os palestinianos  protestaram em diversas localidades dos territórios ocupados. Em Jerusalém, a polícia controlou os acessos à Esplanada das Mesquitas, mas não conseguiu evitar confrontos, que resultaram na detenção de 11 pessoas. Para hoje, os grupos armados palestinianos convocaram uma greve geral para denunciar as ameaças à mesquita de Al-Aqsa.

As mesquitas de al-Aqsa e Omar, famosas por sua cúpula de ouro que foi doada pelo falecido rei Hussein, da Jordânia, vêm logo depois das de Meca e Medina na hierarquia do Islã. A reconstrução da rampa de acesso à colina de Haram al-Sharif, o Monte do Templo para os judeus, também despertou críticas. Um dos motivos é a ausência do Wakf na supervisão das obras que, essencialmente, têm por objetivo proteger as pessoas que sobem a colina para observar as mesquitas.

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Lulko Luba
X