Os Governos de Israel nunca admitiram publicamente a posse de armas atômicas.
Israel alegou que sua "ambigüidade estratégica" afasta inimigos numericamente superiores sem provocar uma corrida armamentista.
Ao não declarar publicamente que possui armas nucleares, Israel também superava a proibição norte-americana ao financiamento de países que tenham armas de destruição em massa. Assim, o Estado judaico recebeu a verba anual de mais de US$ 2 bilhões de Washington em ajuda militar.
Mas ontem o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, retirando o véu sobre a política de ambigüidade nuclear de Israel, admitiu em uma entrevista veiculada nesta segunda-feira, 11, que o Estado judeu tem armas atômicas.
Em sua entrevista à cadeia alemã "Sat 1", Olmert, ao ser perguntado se não achava que o arsenal nuclear de Israel poderia ser contraproducente para os esforços do Ocidente para que o Irã não desenvolva armas atômicas, o primeiro-ministro reconheceu indiretamente a existência desse potencial.
"Israel é uma democracia e não ameaça ninguém. O Irã, por outro lado, ameaça aberta e publicamente riscar Israel do mapa", afirmou Olmert. "Pode-se comparar que (Irã) queira ter armas atômicas com os Estados Unidos, França, Israel e Rússia?", perguntou. Olmert tinha destacado duas vezes durante a entrevista que "Israel não será o primeiro a introduzir armas nucleares no Oriente Médio.
Segundo especialistas estrangeiros, nunca desmentidos, Israel possui em seus arsenais cerca de 200 bombas atômicas que podem ser utilizados por suas Forças.
Com agências