Os brasileiros da formula 1 falam sobre as suas perspectivas e o desempenho de Schumacher

O brasileiro Rubens Barrichello acredita que o alemão Michael Schumacher, da Ferrari, deveria continuar na Fórmula 1, apesar das coisas “estúpidas” que já fez. Para o atual piloto da Honda, o heptacampeão ainda é muito competitivo. “Ele já fez algumas coisas estúpidas, mas ele também tem sido muito importante para o esporte. Ele ainda é muito competitivo, então não consigo ver razões para ele parar”, disse ao site Welt.

Barrichello foi companheiro de Schumacher entre 2000 e 2005. Segundo o brasileiro, a diferença estava no tratamento, já que a Ferrari dava a ambos o mesmo marro.“Eu tinha o mesmo equipamento e os mesmos recursos, mas nem sempre os membros da equipe tinham o mesmo brilho em seus olhos (quando trabalhavam comigo)”, afirmou.

O paulista Felipe Massa garante não ser o tipo de piloto que passa mais tempo fazendo promessas que trabalhando por suas conquistas. Às vésperas de disputar a última etapa de 2006 de Fórmula 1, o GP do Brasil, neste domingo, o piloto da Ferrari fez um balanço positivo de sua temporada de estréia na escuderia. Ambicioso, sonha em fechar o ano com uma vitória, brigar pelo título em 2006 e em se tornar número 1 na escuderia italiana.

Estreando no time de Maranello na última campanha com presença do alemão Michael Schumacher, Massa encarou com tranquilidade ser o número 2, mas promete dar trabalho ao finlandês Kimi Raikkonen, seu companheiro de equipe a partir de 2007. O brasileiro tem contrato renovado até 2008. 'Ele é um piloto novo que ainda não é campeão e deseja ser, assim como eu', analisa.

Apesar disso, ele acredita que o ambiente interno será positivo. 'Acho que não vou ter problema com o Raikkonen. Já o conheço e acho que é uma ótima pessoa. Espero que seja uma boa competição limpa e justa entre a gente', diz o brasileiro, prometendo fazer o possível para herdar o posto que hoje pertence ao heptacampeão na escuderia.

'Schumacher era o primeiro piloto, mas ele conquistou isso. Foi como aconteceu comigo em outras categorias e vou fazer o máximo para ser o número 1 da Ferrari', promete, lembrando sua experiência na Fórmula Renault. Para ele, a despedida do alemão pode ser uma perda inicial para a categoria, mas é um fato comum. 'Aconteceu outras vezes no passado. Foi assim com Jackie Stewart, (Ayrton) Senna e (Alain) Prost. Mas acabaram surgindo outros pilotos que ocuparam este espaço'.

Além da disputa interna pela posição de 'queridinho' da poderosa Ferrari, Massa também não esconde a ambição de ser um sério candidato ao título de 2007. Mais confiante e ambientado no grupo italiano, ele acha que já reúne condições suficientes para se qualificar à conquista.

O balanço positivo que faz desta campanha só aumenta suas expectativas. 'Gostei muito do campeonato deste ano. Esperava ser competitivo e consegui minha primeira vitória, além de vários pódios. Acho que fiz uma ótima temporada, andando bem perto e, às vezes, até melhor que Schumacher, que é uma referência', comemora.

Massa é o atual terceiro colocado na classificação, mas precisa chegar à frente do italiano Giancarlo Fisichella neste domingo para fechar a campanha nesta posição. Este ano, ele obteve sua primeira vitória na categoria no GP da Turquia. Além disso, foi três vezes vice (GPs em Indianápolis, Hockengeim e Suzuka) e duas vezes terceiro colocado (Nurburgring e Magny-Cours).

Para seu segundo ano na Ferrari, ele espera ainda mais. 'Acho que terei chance de lutar por bastante vitórias e, quem sabe, até pelo primeiro título. Não gosto de prometer nada. Gosto de fazer, mas tudo é fruto do trabalho da gente'.

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Author`s name Yulia Rasnitcova
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