Dia 5: Uma caixinha de surpresas

Dia 5 desta FIFA 2010 na África do Sul provou as suspeitas de aqueles que acreditam que hoje em dia não existem equipes fáceis. A globalização do conhecimento e os meios de comunicação fizeram o desporto mais igualitário. Ontem o Paraguai surpreendeu a Itália, hoje a Costa de Marfim e a RDP Coreia travaram batalhas com Portugal e Brasil em pé de igualdade... E Nova Zelândia mostrou que a esperança é a última coisa a morrer.

Aqueles de nós que assistiram ao Brasil v. RDP Coreia começamos a pensar que o Brasil nem estava a tentar, depois surgiu a noção de que estava tentando evitar lesões e cartões. Depois, até tive uma ideia romântica que estavam tentando não humilhar um adversário mais fraco. Durante os 90 minutos, o Brasil teve mais soluções do que a RDP Coreia – duas, contra uma e finalmente, habilidade venceu a organização e determinação. Contudo, os rapazes de Kim Yong Hun sairam do campo com a cabeça erguida.

De Portugal, sinais mistos. Deco reclamou que estava jogando for a da sua posição habitual e o treinador Carlos Queiroz queixou-se que a FIFA deixou Drogba jogar com uma proteção para seu braço partido que “colocou em risco os jogadores portugueses”. A incapacidade de marcar levanta a questão por quê Cristiano Ronaldo recebeu o Melhor Jogador em campo da FIFA quando Gervinho, da Costa de Marfim, foi notavelmente superior.

Portugal jogou assustado, confuso e sem soluções contra uma equipa fisicamente mais forte e altamente organizada. Costa de Marfim deve ser o melhor candidato africano para o título.

Finalmente, Nova Zelândia batalhou até ao final e marcou o golo de igualdade aos 93’. O Grupo F pertence a todos.

Nova Zelândia 1 Eslováquia 1

Group F Rustenburg, 13.30 Hora SA

Eslováquia começou a crescer depois dos 20’, depois de ambas as equipas terem tido tentativas for a do alvo. Aos 39’, Paston defendeu um relate de Hamsik, bis aos 43’. Na primeira parte, Eslováquia teve 5 cantos, Nova Zelândia 3.

Aos 50’, Vittek (Melhor Jogador em Campo para a FIFA) converteu o cruzamento de Sestak com a cabeça. 1-0. Eslováquia atacava mais, procurando o Segundo tento mas Nova Zelândia nunca baixou os braços. E deu resultado. Aos 88’, Smelz ameaçou com um remate de cabeça por cima em frente à baliza e aos 93’, Reid marcou o golo de igualdade, também de cabeça. Os 5 cantos da Eslováquia no segundo tempo contra zero dos neo-zelandeses resumem o encontro mas não o resultado.

Equipas/equipes

Nova Zelândia: Paston, Lochhead, Reid, Vicelich (Christie), Nelsen, Elliott, Smeltz, Killen (Wood), Bertos, Fallon, Smith

Eslováquia: Mucha, Skrtel, Cech, Zabavnik, Strba, Weiss (Kucka), Sestak (Holosko), Vittek (Stoch), Durica, Hamsik, Jendrisek

Portugal 0 Costa de Marfim 0

Não haja dúvidas – Costa de Marfim tem uma grande equipa. Organizada, forte e resoluta, na primeira parte fez tudo menos criar situações de grande perigo para Eduardo enquanto Portugal, embora dominado durante grande parte dos primeiros 45 minutos, conseguiu um remate ao poste (Capitão Cristiano Ronaldo – melhor jogador em campo para FIFA - aos 11’). Levou a equipa das quinas mais 20 minutos para chegar à grande área da Costa do Marfim. Quanto ao resto, foi a equipa da África Ocidental ao ataque, vencendo a maioria os lances individuais.

Após o intervalo Kalou quase conectou com a bola na boca da baliza e aos 53’ rematou à figura do guarda-redes português. Portugal começou a crescer e teve uma percentagem cada vez maior do jogo. Queiroz substituiu Danny por Simão Sabrosa e depois Deco por Tiago, finalmente Meireles por Amorim mas a única hipótese clara para Portugal foi quando Liedson cabeceou à figura de Barry aos 60’.

Os últimos minutos pertenceram à Costa de Marfim, a equipa que globalmente parecia mais agressiva (6 cantos a 4) mas que não conseguiu penetrar a defesa portuguesa e criar momentos de grande perigo.

Portugal: Eduardo, Bruno Alves, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Cristiano Ronaldo, Mendes, Liedson, Danny (Simao), R. Meireles (Ruben Amorim), Deco (Tiago), Faio Coentrao

Costa de Marfim: Barry, Tourekolo, Zokora, Kalou (Drogba), Tiote, Gervinho (Keita), Dindane, Tiene, Toure Yaya, Demel, Eboue (Romaric)

Brasil 2 RDP Coreia 1

0-0 ao intervalo disse tanto acerca da organização da RPD Coreia como a aparente falta de

ambição do Brasil, talvez procurando evitar cartões e lesões e poupar forces para os jogos aparentemente mais difíceis contra os outros adversários no Grupo G, Portugal e Costa de Marfim.

Brasil teve três cantos, RDP Coreia, um. Após 11’, a equipa asiática teve o primeiro remate ao alvo – Júlio César não teve dificuldades em defender o tiro de Tai Se. Na outra baliza, Myong Guk teve mais trabalho mas também sem suar, defendendo o remate de Elano aos 13’ e depois, no mesmo minuto, de Maicon.

In Guk tentou a sua sorte aos 19’ mas não testou Júlio César. Myong Guk teve ainda de defender duas vezes, de Robinho, aos 21’.

Na segunda parte, o jogo animou com dois golos do Brasil (Maicon, melhor jogador em campo para a FIFA, aos 55’, de um ângulo incrível, chutando da linha do fundo para a baliza; Elano aos 72’, convertendo um belo passe de Robinho) e o tento de honra da RDP Coreia, (aos 89’ J. Yun Nam).

Equipes/equipas

Brasil: Julio Cesar, Maicon, Lucio, Juan, Felipe Melo (Ramires), M. Bastos, Elano (Dani Alves), G. Silva, L. Fabiano, Kaka (Nilmar), Robinho

RDP Coreia: R. Myong Guk, C. Jong Hyok, R. Jun Il, P. Nam Chol, R. Kwang Chon, J. Yun Nam, J. Tae Se, H. Yong Jo, M. In Guk (K. Kum Il), P. Chol Jin, A. Yong Hak

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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