Burocracia e estupidez

Todos os países necessitam de uma quantia módica de burocracia para garantir o bom funcionamento das instituições.

A luta da PRAVDA.Ru de desburocratizar o processo da imigração dos imigrantes é bem conhecida, pois todos os anos por duas vezes passamos um dia na companhia da ACIME em Lisboa, acompanhando de perto o drama em que vivem estas pessoas, cujo único “crime” é terem a vontade de se registarem para viver e trabalhar em Portugal legalmente.

Passar um dia inteiro e gastar 75 Euros para colocar um carimbo num bocado de papel nos parece totalmente inaceitável e um absurdo absoluto, mas continua a ser a norma.

No lado positivo, em termos gerais o atendimento ao público nas instituições de estado tem melhorado substancialmente nas instituições oficiais em Portugal e regra geral, as pessoas recebem apoio para lidarem com ânimos exaltados – causado na maioria dos casos pelo longo tempo de espera, que é desnecessário.

Marcar sítio e hora, com lista prévia de toda a documentação necessária, seria uma maneira de reduzir o tempo de espera, e de falta ao emprego, a sensivelmente cinco minutos e não um dia inteiro.

No entanto, ainda há exemplos do limiar do absurdo, onde a burocracia e a estupidez se cruzam. Tomamos como exemplo o documento em anexo, do Serviço do Ministério Público de Lagos, onde se apresenta o seguinte texto:

“Notifica-se Vossa Excelência, na qualidade de falecido, no termos e para os efeitos a seguir mencionados:

Para no prazo de 10 dias, vir aos presentes autos, levantar a certidão requerida”

Sem comentário

Cristina GARCIA

PRAVDA.Ru

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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