Portugal: Falta de assistência médica no Hospital prisional

Luís Manuel Inocêncio, de 26 anos, e Jorge Paulo Ribeiro, pelo menos um deles a sofrer do síndrome de auto-mutilação, foram transferidos de Monsanto para o Hospital prisional, mas colocados, sem cuidados médicos, em celas de isolamento, na mesma zona em que está Francisco Xavier Polo Colemenar, preso preventivo, que está em greve de fome – com riscos inerentes ao facto de ser hemofílico.

Este último tem guardas do GISP (grupo especial dos serviços prisionais) à porta.

A condição em que se encontram é desesperada, pois estão ali porque houve algum tipo de reconhecimento da necessidade de cuidados de saúde, derivados do facto de não estarem a aguentar o regime ilegal que vigora em Monsanto. Mas, ao mesmo tempo, impõe-lhes no hospital o mesmo tratamento que os torna doentes, descuidando as necessidades de reestabelecimento da saúde, que supostamente seria o objectivo da transferência. É o que o povo costuma chamar “estão a tratar-lhes da saúde”.

“Não nos estão a dar nenhuma oportunidade!” informaram a ACED. Recordar nesta hora a prioridade tão apregoada da reinserção social dos condenados fará alguma diferença no comportamento das autoridades face a estas situações?

A experiência histórica mostra que os regimes fechados como aqueles que se recriam em Monsanto são inoperacionais. Porque não se pára com a maléfica experiência, que começa agora a dar os primeiros problemas com alguma gravidade? Quem ganha com isto?

ACED

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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