No Salto de 2019 para 2020

No Salto de 2019 para 2020

Com poucas excepções, é hábito entre o dia 31 de Dezembro de qualquer ano, fazer-se o balanço do que terminou e, a previsão do que começou à meia noite daquele dia, chamado de Ano Novo, acompanhada esta (a previsão), de fervorosos votos para que seja sempre melhor do que terminou.

Desde a família mais modesta, passando por organizações sociais e políticas, é pois, pensado e repensado o que se passou de bom e de mau nos 365 dias do ano que terminou e, a antevidência do que começou, com o sonho do que muitas vezes gostaríamos de ver realizado,  na nossa vida particular e no seio da sociedade em que vivemos.

Destes, do balanço do ano acabado e da previsão do recém-nascido, os mais mediáticos e que fazem todos os cidadãos reflectir, são os discursos da "ocasião", pronunciados pelos DDT e, levados a todo o mundo através dos órgãos de comunicação social, quer sejam líderes religiosos, políticos e outros, que publicamente impedidos, se escudam próximos do poder por influência económico-financeira.

Neste "salto" que damos entre o Ano Velho para o Ano Novo, achamos que já muito se escreveu e se disse em relação ao mesmo. O velho, o de 2019, não nos deixa saudades quer mundialmente, quer por aqui no espaço dos 2 346 km² (984.300 Km2.sde ZEE) que representamos no mapa-múndi.

Embora nos queiram fazer acreditar, que tudo vai bem naquele país à beira mar plantado, (Portugal), ainda com resquícios colonialistas e, onde do seu capital activo muito pouco reste, sabemos que não é assim. Os "esqueletos" fartam-se de se acotovelarem para saírem de uns armários como "O BES" o "BPN" o "BPP", a "Operação Marquês", "Tancos" entre outros. A Saúde está pelas ruas da amargura, bem assim a educação. A Justiça cada vez está mais cega. As Forças Armadas desfazem-se sobre uma super elite de oficiais generais que tendo emprego, não têm trabalho por falta de mão de obra. A oligarquia política foi e continua uma constante. O parlamento é uma "vergonha". As leis são feitas e aprovadas levianamente como por exemplo: - A nova Entidade da Transparência, aprovada há seis meses na Assembleia da República, e que cujo O.E. para 2020 não contempla verbas suficientes para a sua criação e cujo objectivo é a fiscalização das declarações de rendimentos dos políticos. Igualmente descurada, está a orçamentação da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), entidade que está também na órbita do Tribunal Constitucional que contava com mais dinheiro para fiscalizar as contas dos partidos. Sem dúvida o ditado popular "guardado está o bocado para quem o há-de comer" aplica-se bem à situação. O que se subentende com o discurso do governo português de cujo espaço político ainda fazemos parte, continua na senda de "numa" de promessas já feitas, mas não cumpridas no seu tempo. Como sempre foi, mais tarde ou mais cedo e, por razões mais do que óbvias, nós os açorianos embarcamos no mesmo barco

Por cá na "Açorlândia" as coisas também não estiveram nem estão no seu melhor. A Natureza, quis brindar-nos com a visita anunciada do "Lorenzo". Também alguns "esqueletos" se acotovelam. A Saúde e a Educação não estão no seu melhor. A "pobreza" encabeça as estatísticas. A Economia luta por uma reforma urgente, com uma verdadeira opção no exemplo do "passado". Da "Dor" anunciada, por um profeta em "suspensão" no que refere à nossa "SATA", menina de nossos olhos, como elo de ligação do nosso Povo entre ilhas e a Diáspora, permita o Espírito Santo e o Senhor Santo Cristo dos Milagres, não seja fatal prenuncio para a sua continuidade.

Marcelo Rebelo de Sousa, cumpriu o prometido. Veio até aos Açores. Mais propriamente à ilha do Corvo para o jantar de fim do ano com os corvinos.  Parece que o passarinho lhe "borrou" a fotografia. Se não a ele, pelo menos aos entusiastas da visita, - o esplendor do referido jantar. Tomou uma "mijinha" na vista do "Caldeirão", fartou-se de fazer quilómetros e de tirar selfies e, deu o mergulho de início do ano no "nosso" Mar que teimosamente o poder centrar quer negociar. 

Estamos certos que visita de Marcelo Rebelo de Sousa alvitrada por Jaime Gama em 2016 e só agora concretizada conforme dito pelo próprio e, nos moldes que foram, não foi feita a pensar nos corvinos nem no todo açoriano. Na sua mensagem enviada aos portugueses quis afirmar que aqui é Portugal como o fez no dia 9 de Junho de 2018 em Ponta Delgada com a abominação dos símbolos autonómicos açorianos.

Daqui, o Presidente da República Portuguesa desejou um 2020 "de esperança", com um "Governo forte, concretizador e dialogante", uma "oposição forte e alternativa" e pediu que se concentrem esforços "na saúde, na segurança, na coesão e inclusão" o que mostra que a "coisa" não está tão boa como nos tentam impingir.

Como todos os que por aqui passam, ouvimos de Marcelo elogios e a sua confissão da admiração pelos "corvinos e açorianos" que vivem no meio do Atlântico. O que pela nossa parte lhe agradecemos a atenção.

José Ventura

2020-01-02

O autor não respeita o acordo ortográfico

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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