Provas de pedofilia desapareceram

 Em Portugal no julgamento do processo de pedofilia da Casa Pia os advogados da Casa Pia pediram que o procurador da República João Ramos informe o Tribunal, que julga o processo, sobre o paradeiro de filmes que podem estar relacionados com o caso e cujo paradeiro se desconhece.


Poucas semanas depois de ter rebentado o escândalo da Casa Pia, João Ramos, o procurador do Ministério Público, que na altura estava a coordenar a investigação, fez um despacho para a Polícia Judiciária ( PJ), a relatar que estava na posse de um filme que continha actos sexuais com menores e que iria enviar para a PJ para constar no processo. Além disso, o procurador referiu que iria receber fotografias relacionadas com abusos sexuais a menores. Mas até hoje, nem o filme, nem as fotos constam no processo.


Confrontado pelos advogados da Casa Pia se sabia onde é que está o filme referido pelo procurador João Ramos, o inspector da PJ, Dias André, disse que nada recebeu das mãos do procurador. De acordo com o inspector, poucos dias depois de ter rebentado o escândalo de pedofilia, alguns dos implicados poderão ter destruído várias provas.

 Dias André disse ao tribunal que o Director da Directoria de Lisboa, Artur Pereira, fez pressões para que Carlos Cruz não fosse detido. O inspector da PJ referiu também que foi alvo de pressões no interior da PJ, desde o dia em que começou a investigar o processo, até ao dia 1 de Junho, altura em que se reformou.

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Author`s name Lulko Luba
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