Combustível de energias renováveis

 

Para ampliar a pesquisa na produção de combustíveis feitos a partir de recursos renováveis, o governo federal, através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criou a Embrapa Agroenergia. "Com as pesquisas em Agroenergia vamos mudar a estrutura energética do planeta. Nenhum país do mundo tem gente, terra e clima capaz de fazer essa transformação como o Brasil", disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues.


A criação da unidade foi anunciada nesta quarta-feira (26.04), durante as comemorações do 33ª aniversário da empresa. A Embrapa Agroenergia terá duas bases. Uma delas será a rede de agroenergia formada pelos profissionais que atuam nas unidades descentralizadas da empresa e por outros 20 pesquisadores que serão contratados para atuar especificamente na área. A outra serão unidades de implementação, uma em cada região do país, que vai envolver uma negociação com os estados e municípios.

O governo anunciou também a formação do Consórcio Nacional de Agroenergia. O Consórcio, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, terá a função de organizar e incentivar a pesquisa e a produção de álcool combustível e biodiesel em conjunto com o setor privado. Os parceiros desse consórcio, além da Embrapa, são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Itaipu Binacional, que terão o compromisso de investir e gerar negócios em inovação tecnológica em agroenergia.

Programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

O governo, ainda neste ano, vai investir R$ 4,5 milhões no programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Prolapec). O programa tem o objetivo de reunir a produção de grãos, carne, leite e fibras com a preservação ambiental, poupando o avanço das atividades produtivas sobre patrimônios ambientais como a floresta Amazônica. Os recursos serão usados em ações de transferência de tecnologia e em estudos complementares. O sistema Lavoura-Pecuária-Floresta vai promover o desenvolvimento sustentável e combater o desmatamento nas florestas brasileiras. As pesquisas vão permitir a utilização do sistema em 40 milhões de hectares em todas as áreas de produção do Brasil. A Embrapa tem 18 centros envolvidos nesse programa.

Mostra Ciência para a Vida

Termina domingo (30.05) a mostra Ciência para a Vida, organizada pela Embrapa. A quinta edição da exposição reuniu em 111 estandes várias tecnologias e produtos desenvolvidos nas unidades da Embrapa e por seus parceiros, como o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, instituições de pesquisas estaduais e universidades. Durante a mostra realizada em Brasília, a Embrapa lançou outras tecnologias, como as novas variedades de algodão desenvolvidas na unidade de Campina Grande (PE). As duas cultivares - variedade de um determinado produto agrícola - (BRS Araçá e BRS 269) têm produtividade média superior a outras e resistência múltipla a doenças. São ideais para os produtores do cerrado brasileiro.

Outro novo projeto apresentado foi o uso de alta pressão para a indústria de sucos e néctares tropicais. A tecnologia consiste em utilizar a pressão ao invés de calor para a destruição dos agentes que podem deteriorar os produtos e causar riscos à saúde do consumidor. A pesquisa mostrou que os sucos conservados a partir de alta pressão não diferem dos sucos frescos e têm níveis de preferência superiores aos sucos esterilizados termicamente.

Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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