Programa proporciona qualidade de vida às famílias rurais

Tomate, beterraba, cenoura, milho e feijão. Estes são alguns dos alimentos produzidos pelo agricultor João Fernandes Júnior, 34 anos, em seu sítio, localizado no município de Irecê, a 460 quilômetros de Belo Horizonte (MG). Até julho, de 10% a 15% da colheita foram destinados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma das ações do Fome Zero para garantir acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.


João, cadastrado no Programa em outubro de 2006, aguarda ansioso a oportunidade de ingressar novamente no PAA, cujo contrato terminou em julho. A retomada está prevista para o mês que vem.


Casado, pai de dois filhos e trabalhando na atividade agrícola com a ajuda de um tio e um cunhado, João atribui aos rendimentos do Programa à reforma da casa e à compra de equipamentos agrícolas para incrementar a produção familiar. “Podemos contar com o dinheiro e, com isso, planejar os investimentos na produção”, afirma o agricultor.


Outra vantagem do PAA enaltecida por João é que o Programa elimina a necessidade de intermediários nas transações comerciais. “Muitos agricultores da região que não acreditaram no sucesso do Programa estão tirando os documentos necessários para poder fazer parte do próximo PAA”, esclarece João. “Hoje, gostaríamos que existissem mais programas como este para melhorar a vida de toda a comunidade”, completa.


O PAA adquire alimentos, sem licitação, por preços de referência que não podem ser superiores nem inferiores aos praticados nos mercados regionais, até R$ 3.500,00 ao ano por agricultor familiar que se enquadre no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, exceto na modalidade Incentivo à Produção e Consumo do Leite, cujo limite é semestral.


Antes de fazer parte do PAA, a família da agricultora Célia Regina dos Santos, 42 anos, amargava momentos críticos com a produção de hortifrutícula O marido, Valdemar de Paulo Filho, estava combalido com as dificuldades e o baixo rendimento do negócio. Ao ingressar no PAA em 2004 por meio da cooperativa de produtores do Distrito de Pinheiro Groto, localizado no município de Barbacena (MG), Célia, que tomou a dianteira do cultivo familiar, viu emergir a perspectiva para vender o morango, carro-chefe da produção da propriedade de um alqueire. “Com o dinheiro que recebemos, conseguimos manter um capital de giro, proporcionar uma alimentação mais saudável, investir na compra de maquinários e adubos para a agricultura”, ressalta Célia, que tem um filho.


Embora não seja presidente da cooperativa formada por 174 produtores, Célia é quem toma a frente em muitas decisões, como viagens para tratar de documentos ou representações do PAA em Belo Horizonte. “Os agricultores estão motivados, trocam informações, além de poder contar com o dinheiro certinho”, elogia a agricultora.


Em novembro, sai de cena o morango e entra o pêssego. Os produtores do Distrito de Pinheiro Groto começam a colher a fruta para comercializá-las no PAA. Uma nova safra, uma nova esperança. Antes disso, em outubro, os agricultores de Irecê, inspirados no sucesso de João Fernandes, correm com a documentação para poderem se cadastrar no Programa que ajuda a reforçar ou assegurar a alimentação de milhares de brasileiros.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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