Crise? Pergunte ao Meirelles

O presidente do Fed estadounidense, Bem Bernanke e seus colegas europeus e asiáticos, deveriam tomar algumas lições de como não deixar banqueiros em apuros, com nosso Henrique Meirelles.

 

Meirelles que foi elevado a categoria de Ministro, por obra e graça de Jose Dirceu, para que não respondesse a acusação de remessa ilegal de recursos ao exterior como criminoso comum, ao patrocinar a taxa de juros real campeã mundial, não permite que banqueiros brasileiros, sejam atingidos por crises.

O pretexto para a manutenção de tão alta taxa de juros, é o risco de inflação. Meirelles, certa feita, para justificar uma determinada alta na taxa Selic, declarou que em razão do crescimento econômico proveniente do PAC – o filho de Filma Rousseff – haveria o risco de inflação.

A crise global de alimentos, recente, justificaria, por exemplo, a manutenção da campeã, contudo, algo que já está astronômico, mais 0,75 ponto percentual nada significa. Entretanto, nada justificou que na última reunião, houvesse novo reajuste na mesma razão.

Uma das razões que Lula insiste em declarar que o Brasil está imune a crises como a atual, são as reservas cambiais. Ocorre que as reservas estão neste patamar, simplesmente porque o Banco Central para evitar a supervalorização do Real, causada, em parte, pelo capital especulativo atraído pela taxa de juros campeã mundial, para aliviar os exportadores.

Quando o dólar atingiu a barreira dos 1,99, baixando da casa dos 2,00, anunciou-se um pacote de ajuda aos exportadores. O dólar chegou a 1,56 e nada foi feito. Entretanto, graças a atual crise o dólar chegou a 1,86, porque o dólar se tornou uma porta de saída para os especuladores, então, não foi mais necessário Meirelles se preocupar com exportadores.

A taxa Selic poderia atingir 10, 9, 8, 7 e até mesmo 6,25 que foi o patamar que Lula, certa feita, declarou que a Selic estava num de seus espasmos e ausência da realidade, que não afetaria a inflação, contudo, tal significaria que os companheiros banqueiros não mais registrariam lucros históricos, diferentemente do que ocorre nos EUA, por exemplo.

Jose Schettini, Petrópolis, RJ

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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