"Brasileiros que vivem na miséria mostram que nem tudo vai bem na economia", diz Deputado Economista

Por Brenda Marques Pena

O Economista e deputado Jurandil Juarez (PMDB/AP) saudou os colegas de profissão na Câmera dos Deputados no dia 13 de agosto - dia dos Economistas, destacou as iniciativas das instituições que organizam a profissão e alertou para a responsabilidade dos Economistas com a sociedade brasileira.

DISCURSO

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje é o Dia do Economista, uma das nossas categorias profissionais mais importantes. A fixação dessa data tem correspondência com a assinatura da Lei nº 1.411, de 13 de agosto de 1951, pelo Presidente Getúlio Vargas, que regulamenta a profissão de economista.
Nesses 56 anos de profissão regular tem sido de grande significação para a sociedade brasileira a contribuição do economista. Deve-se especialmente à evolução do pensamento econômico produzido nas universidades, nos centros de estudo e na experiência prática, a compreensão do salto que deu a economia brasileira, transformando-se de um acanhado modelo agrário exportador na economia multifacetária, moderna e competitiva de hoje.

Os economistas têm uma característica que muito valoriza a profissão: a diversidade democrática de pensamento. É possível encontrar num mesmo governo profissionais que seguem as mais diferentes correntes de pensamento e ideologias, sem que isso represente obstáculo para o bom desempenho de suas atividades.


São conhecidas as divergências no passado recente entre os chamados economistas de esquerda e de direita, mas ninguém pode negar a contribuição de expoentes dessas correntes como Celso Furtado e Roberto Campos. Da mesma forma, são comuns hoje as contendas entre monetaristas e desenvolvimentistas, cada segmento propondo alternativas para aumentar o ritmo do crescimento da economia. Isso enriquece o debate, fortalece os fundamentos democráticos da economia e aponta novos caminhos para seu desenvolvimento.

Foi a rápida evolução do pensamento econômico brasileiro que permitiu a compreensão do fenômeno da globalização, da necessidade da economia brasileira interagir em escala mundial e suas vantagens e desvantagens.
Com conhecimentos cada vez mais consistentes, a economia do País vem podendo responder de forma cada vez mais adequada às crises que periodicamente assolam a economia mundial, de tal sorte que seus efeitos sejam cada vez menos sentidos.
A crise de agora é um exemplo. Mesmo sendo ainda cedo para se saber a extensão dela, percebe-se com clareza que o impacto está sendo muito bem absorvido. Isso demonstra maturidade e a solidez dos fundamentos da nossa economia.

É preciso admitir, no entanto, que, apesar de tantos avanços, o pensamento econômico ainda não deu saída para nosso maior problema, que são as nossas desigualdades sociais.
Somos uma dos maiores economias do planeta, mas temos também uma das mais vergonhosas concentrações de renda e de riqueza. O abismo que separa ricos e pobres é um escândalo que desafia principalmente os economistas. Os milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza são a demonstração gritante de que nem tudo vai bem na economia. Os vultosos recursos que os governos têm de despender em programas sociais, em detrimento dos investimentos produtivos, representam o preço que temos de pagar para diminuir a distância entre os que têm muito e os que nada têm.

Um modelo de crescimento que distribua melhor os ganhos da economia é a grande dívida da categoria profissional dos economistas para com a sociedade brasileira. Isso precisa ser lembrado no dia de hoje. Louve-se, por uma questão de justiça, as iniciativas das instituições que organizam a profissão para aproximarem-se das populações mais pobres e de seus problemas. Por todo o País, os conselhos regionais, as associações, os sindicatos e as federações promovem atividades que familiarizam o trabalho do economista com o dia-a-dia das comunidades.
Por exemplo, no DF, o Conselho Regional está realizando um serviço volante de atendimento à população, prestando consultoria gratuita nas ruas da cidade, orientando sobre vários temas, tais como organizar as finanças domésticas, quitar dívidas, fugir dos juros escorchantes, fazer poupança, etc.


Essa mudança de comportamento é altamente saudável, promove cidadania, resgata um pouco dos compromissos que a categoria tem para com a sociedade e nos faz felizes por sermos economistas brasileiros. Por isso tudo, Sr. Presidente, hoje é um dia muito importante para o Brasil.

Parabéns, economistas brasileiros! Parabéns, economistas do meu Estado do Amapá!

Muito obrigado!
O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) - A Mesa se associa aos cumprimentos do ilustre Deputado Jurandil Juarez aos economistas do Brasil. Também desejo enviar uma mensagem de apreço aos economistas do meu Estado do Amazonas.

*Assessoria de Comunicação do COFECON
(61) 3208-1806 (61) 9994-2133

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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