Manaus, Auschwitz do bolsonarismo

Manaus, Auschwitz do bolsonarismo
O campo de concentração de Auschwitz foi uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich e colaboracionistas nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em Manaus, o aumento de casos colapsou o sistema de saúde e pessoas estão morrendo nos leitos asfixiadas. Passados quase um ano do início da pandemia e o Brasil ainda não testou a população, não possui vacina apta para imunização, não encomendou seringas e agulhas necessárias e permitiu que faltasse o essencial, o oxigênio.
O ministro da saúde, general Eduardo Pazuello, foi até à capital do Amazonas e surpreendeu quando fez apologia ao tratamento com Cloroquina, depois disse que o governo federal não tinha transporte para enviar cilindros de oxigênio e afirmou que naquele momento o governo não poderia fazer nada. Mesmo com pessoas morrendo como em uma câmara de gás clássica.
O negacionismo levado à extrema consequência, sustentado com argumentos e frases de perspectivas nazistas, causou a tragédia que vivemos, por isso não há surpresa na instalação de câmaras frigoríficas para corpos insepultos, porque os cemitérios também entraram em colapso em Manaus.
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As políticas de Jair Bolsonaro para conter o avanço da Covid-19 são nulas, inexistentes, como a falta de insumo que pode vir a inviabilizar a vacinação caso a Anvisa certifique as vacinas que aguardam por autorização.
Por que o presidente faz de tudo para atrasar o início da vacinação?
Pode ser para exterminar parte da nação considerada inconveniente para os cofres públicos, como aposentados e beneficiários de programas sociais; Não dar palanque aos governadores, possíveis candidatos em 2022; Pode ser uma estratégia para evitar manifestações contra seu governo, mas também temos que pensar na má índole confessa desse sujeito.
O caso é tão grave e calamitoso que o governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, atendeu ao pedido do governo do Amazonas e liberou uma carga de oxigênio hospitalar produzida no país pela empresa White Martins.
O Chanceler venezuelano, Jorge Areazza, publicou esta nota: "Por instruções de Maduro, conversei com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para colocar imediatamente à disposição o oxigênio necessário para atender a contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo"!
Por fim, a Venezuela, inimiga imaginária na cabeça do bolsonarismo, vai aliviar a pressão do inimigo real do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro.
Ricardo Mezavila, cientista político
Foto: Por Desconhecido - Arquivo Nacional, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=67850417