Respondendo às acusações do Ministério Público, os cinco elementos da Polícia Judiciária que investigaram o desaparecimento da menina algarvia Joana Cipriano, vão processar o magistrado que deduziu a acusação, noticia TVI. O MP acusou há cerca de três semanas cinco elementos da Polícia Judiciária (PJ), sendo três deles acusados do crime de tortura durante um interrogatório em Outubro de 2004, outro elemento por omissão de auxílio e um quinto por falsificação de documentos.
António Cluny, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que espera que as autoridades competentes se pronunciem sobre tais declarações que considera «fortes» e reserva para depois uma posição do sindicato.
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da Polícia Judiciária (PJ) acusou o procurador de elaborar uma «peça jurídica que é uma aberração», mas manifestou desagrado pelas notícias que pretendem transformar a acusação contra cinco profissionais da PJ, no âmbito do caso Joana, numa guerra entre a PJ e o Ministério Público.
Em comunicado, a ASFIC/PJ, presidida por Carlos Anjos, esclareceu que as declarações proferidas pela ASFIC foram tão somente uma manifestação de descontentamento pela fundamentação da dita acusação, que considera ser completamente injusta e que põe em causa o bom nome da instituição da PJ e a honra dos seus funcionários.
Na nota, a ASFIC repudia totalmente o aproveitamento por alguma imprensa que tentou ligar estes factos a outros inquéritos em investigação, como se da mesma coisa se tratasse.
Entre os inspectores da Polícia Judiciária acusados pelo Ministério Público de Faro está um dos homens que actualmente é o coordenador da investigação criminal da PJ no caso Madeleine. Aliás, os jornais ingleses já estão a fazer eco desta acusação contra Gonçalo Amaral.
Joana, a menina algarvia que desapareceu a 12 de Setembro de 2004 na aldeia de Figueira (Portimão), e cuja mãe, Leonor Cipriano, e tio, João Cipriano, foram condenados a 20 e 19 anos de prisão, respectivamente, pela morte da criança. Posteriormente, o Supremo Tribunal de Justiça reduziu as penas para 16 anos de prisão.
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