Angola: Dia Internacional Contra as Minas

Para celebrar o dia 4 Abril, declarado pela Assembleia Geral da ONU como Dia Internacional de Sensibilização e Assistência na Acção contra as Minas, a CNIDAH – Comissão Inter-Sectorial Nacional para a Desminagem e Assistência Humanitária organizou diversas actividades a nível nacional que abrangem Luanda e as províncias de Malanje, Huíla, Moxico e Uíge.

“Angola comemora, pela segunda vez, o dia 4 Abril, após cinco anos de uma paz sólida e segura,” garantiu o general André Pitra “Petroff”, presidente da CNIDAH . Aquele dirigente esclareceu ainda que “o país avança no caminho da consolidação da reconciliação de todo o povo, em torno das tarefas urgentes da reconstrução material e da reintegração social. E neste esforço nacional, as vítimas das minas não estão esquecidas.”

Em Luanda, terá lugar na LAASP, às 10:00 h o acto central do 4 de Abril, encabeçado pelo General Petroff e no qual intervirão o Coordenador Residente da ONU em Angola e uma vítima de minas. No acto será feita a oferta simbólica de cadeiras de rodas e uma viatura para as vítimas.

Na cidade capital, terá lugar ainda no dia 6 de Abril, sexta-feira, com início às 18:00 h, um Jantar de Beneficiência a favor das Vitimas de Minas, designado “Noite ao Sul da Lua”, no Centro de Convenções de Talatona.

C omemoração nas províncias

Este ano, o dia 4 de Abril pretende aumentar a consciência de toda a sociedade sobre o risco das minas, dos objectos não detonados e os progressos que Angola tem feito para a sua erradicação completa.

A cidade de Malanje contará com actividades que vão de um a 4 de Abril, e que compreendem uma visita as vítimas de minas, corridas de atletismo, exposição fotográfica, teatro pelo Grupo Palancas Negras e partidas de futebol envolvendo as vítimas de minas.

No Lubango, o MINARS desenvolverá uma Jornada de Solidariedade pelo Dia. Será apresentado um tema sobre Os Direitos Humanos e o seu impacto na vida das Pessoas Portadoras de Deficiência, para além de corridas de motociclos. Estas actividades contam com o apoio da ONG Clube de Jovens.

No Moxico, o grupo Enxame de Abelhas, “ENXA”, vai organizar visitas às vítimas em reabilitação, palestras, actividades desportivas, exposições fotográficas, peças de teatro em alusão à efeméride.

A província do Uíge desenvolverá diversas actividades, no Uíge e Negage, que incluem um c oncurso de desenho, visita ao centro ortopédico do Negage, uma corrida de atletismo, exposição fotográfia e de desenhos. apresentação de peça teatral de advocacia para assistência às vitimas de Minas/UXOs pela ONG Secut Bagos, cânticos e um discurso de encerramento pelo coordenador provincial da CNIDAH.

Apoio das Nações Unidas e ONGs

No mundo inteiro, as minas e UXOs continuam a matar ou ferir cerca de 15.000 pessoas por ano. A maior parte das vítimas são civis que accionam estes objectos durante anos e até décadas após o término dos conflitos.

Segundo Angela Kearney, Coordenadora Residente em exercício do sistema das Nações Unidas em Angola, “os programas contra as minas e o tratado de banimento de minas, também conhecido por “Convenção de Ottawa” contribuiram para a uma redução do número de vítimas anual de cerca de 26.000, há dez anos atrás, para cerca de 10.000 a 15.000 actualmente.”

Aquela responsável da ONU em Angola sublinhou que “embora este número represente uma taxa já de si baixa, ainda a consideramos inaceitável. Precisamos de redobrar esforços para reduzir este número ainda mais. E precisamos de fazer mais pelos sobreviventes.”

Catorze agências, programas e fundos das Nações Unidas facultam serviços anti-minas em dezenas países. A acção contra minas inclui identificar e destruir as minas e engenhos de guerra, assistiir as vítimas, ensinar as pessoas a ter um comportamento seguro num ambiente afectado pelas minas, advogar pela participação universal nos tratados internaconais como a “Convenção de Ottawa” e destruir os paióis de minas.

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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