Brasil: Em abril, desocupação foi de 8,9%

Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE - Base: Abril de 2009

Em abril, desocupação foi de 8,9%

A taxa de desocupação ficou praticamente estável, pois suas variações em relação a março (9,0%) de 2009 e também a abril de 2008 (8,5%) não foram estatisticamente significativas. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.318,40) recuou (- 0,7%) na comparação mensal e teve alta de 3,2% frente a abril de 2008.

A população ocupad a (20,913 milhões) não teve variação estatisticamente significativa em relação a março (20,953 milhões) de 2009 nem a abril de 2008 (20,863 milhões). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,413 milhões) também não teve variação estatisticamente significativa em relação a março de 2009 (9,332 milhões) nem a abril de 2008 (9,233 milhões).

A população desocupada (2,046 milhões) também ficou estável em relação a março de 2009 (2,082 milhões) e a abril de 2008 (1,948 milhão). A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 27,9 bilhões) caiu (- 0,7%) na comparação mensal e cresceu 3,7% em relação a abril de 2008.

Em abril de 2009, a taxa de desocupação foi estimada em 8,9% para o conjunto das seis regiões abrangidas pela pesquisa, apresentando estabilidade em relação a março último (9,0%) e também a abril do ano passado (8,5%).

Em abril de 2009 havia 2,046 milhões de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas investigadas pela PME. Este contingente permaneceu estável tanto na comparação com março de 2009 (2,082 milhões), quanto em relação a abril de 2008 (1,948 milhão). Regionalmente, não houve variação em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2008, foi observado aumento na Região Metropolitana de Recife (18,8%).

Pessoas ocupadas (po)

O contingente de ocupados (20,913 milhões) em abril de 2009 no agregado das seis Regiões Metropolitanas, não variou em relação ao mês anterior (20,953 milhões) ou a abril de 2008 (20,863 milhões). Regionalmente, estabilidade em ambas as comparações.

Os homens representavam, em abril de 2009, 55,4% da população ocupada, enquanto as mulheres, 44,6%. A população de 25 a 49 anos representava 62,8% do total de ocupados. A pesquisa revelou também que o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 57,6%.

Resultados com relação aos principais grupamentos de atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (16,4% da PO) . Não houve variação em ambos os períodos analisados.

No enfoque regional, não houve movimentação na comparação mensal, mas queda em Belo Horizonte (8,6%), no confronto com abril de 2008.

Construção (7,3% da PO) . No total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos de comparação.

No âmbito regional, sem variação em relação a março último. No confronto com abril, alta em Salvador (15,0%).

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,4% da PO) No Total das seis regiões, houve estabilidade em ambas as comparações.

No âmbito regional, queda em relação a março em Porto Alegre (5,1%). Em relação a abril, alta em Recife (9,9%).

Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (15,2% da PO) Para o total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos analisados.

No enfoque regional, sem movimentação, em ambos os períodos analisados.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social ( 16,1% da PO) No total das seis regiões, em ambos os períodos de comparação, estabilidade.

No enfoque regional, sem movimentação neste contingente de trabalhadores, na comparação mensal e na anual.

Serviços domésticos (7,9% da PO) Estabilidade em ambos os períodos analisados.

No enfoque regional, não houve movimentação neste contingente, em ambos os períodos de comparação.

Outros serviços, (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais ) (17,1% da PO) Estabilidade tanto na comparação mensal quanto na anual.

No enfoque regional, houve alta em Porto Alegre (9,0%). No confronto com abril de 2008 não houve alteração.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (45,0% da PO) . Estabilidade em ambos os períodos em análise.

Na análise regional, com vistas à comparação mensal, estabilidade. Em relação a abril de 2008, elevações em Recife (7,8%), Salvador (6,5%) e Belo Horizonte (5,4%).

Empregados SEM carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (12,5%da PO) Estabilidade nas comparações mensal e anual. Regionalmente, estabilidade em relação a março. Na comparação anual, declínio em Belo Horizonte (10,9%).

Militares ou funcionários públicos estatutários (7,6% da PO) Declínio nas seis Regiões Metropolitanas, em relação a março último (3,8%) e frente a abril de 2008, mostrou estabilidade.

Regionalmente, queda no Rio de Janeiro em relação a março (8,2%). Em relação a abril de 2008, sem variação.

Trabalhadores por conta própria (18,6% da PO) Em ambos os períodos de comparação, estabilidade.

Na esfera regional, houve estabilidade em ambos os períodos analisados.

Rendimento médio real 1

A pesquisa estimou no mês de abril de 2009, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores em R$ 1.318,40, apresentando declínio de 0,7% em relação a março. Na comparação com abril de 2008, o quadro foi de recuperação, 3,2%.

No enfoque regional, em relação ao mês anterior, houve acréscimo no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (4,4%), do Rio de Janeiro (0,5%) e de Porto Alegre (0,6%). O rendimento apresentou queda em Salvador (0,6%), Belo Horizonte (1,8%) e São Paulo (2,0%). Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em cinco regiões: Salvador (7,1%), Belo Horizonte (3,0%), Rio de Janeiro (4,1%), São Paulo (2,8%) e Porto Alegre (3,7%). Ocorreu queda no rendimento em Recife (5,1%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL

Para o total das seis regiões, registrou-se o seguinte quadro:

Empregados com carteira assinada no setor privado ( R$ 1.255,10) Queda de 1,0% em abril de 2009.

Foram registrados aumentos no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (2,7%), Salvador (2,1%) Rio de Janeiro (1,9%) e Porto Alegre (1,3%). Ocorreram quedas em Belo Horizonte (3,4%) e São Paulo (2,9%).

Empregados sem carteira assinada no setor privado (R$ 832,80) Queda de 4,4% em abril de 2009.

Houve aumentos no rendimento em Recife (3,8%), Belo Horizonte (3,4%) e do Rio de Janeiro (4,4%). Houve declínio em Salvador (4,8%) e São Paulo (9,6%) e estabilidade em Porto Alegre.

Militares ou funcionários públicos estatutários (R$ 2.297,10 ) Estabilidade em abril de 2009.

Alta no rendimento em Recife (10,1%), Belo Horizonte (3,8%), São Paulo (6,8%) e de Porto Alegre (1,0%). Ocorreram recuos em Salvador (14,4%) e no Rio de Janeiro (5,4%).

Trabalhadores por conta própria ( R$ 1.088,80 ) Recuo de 1,7% em abril de 2009.

Houve recuo no rendimento em Recife (11,6%), Belo Horizonte (6,2%) e em São Paulo (4,7%). O rendimento cresceu nas Regiões Metropolitanas de Salvador (4,8%), Rio de Janeiro (4,4%) e Porto Alegre (1,9%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL

Para o total das seis regiões, registrou-se o seguinte quadro:

Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado alta de 4,1% em relação a abril de 2008.

Altas em Recife (7,2%), Salvador (6,1%), Belo Horizonte (2,7%), Rio de Janeiro (11,8%), São Paulo (1,5%) e Porto Alegre (2,3%).

Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado recuperação de 2,0% no rendimento em relação a abril de 2008.

Em Recife (1,9%), Belo Horizonte (11,6%), Rio de Janeiro (9,8%) e Porto Alegre (6,9%) houve avanços no rendimento. Ocorreu queda em São Paulo (3,9%) e estabilidade em Salvador.

Militares ou funcionários públicos estatutários Alta de 5,6% em relação a abril de 2008.

Houve acréscimo no rendimento em Belo Horizonte (3,1%), Rio de Janeiro (12,8%), São Paulo (4,5%) e Porto Alegre (2,1%). O rendimento recuou em Salvador (3,0%) e ficou estável em Recife.

Trabalhadores por conta própria Retração de 0,5% em relação a abril de 2008.

Houve retração no rendimento em Recife (16,1%) e Rio de Janeiro (17,0%). Houve aumentos em Salvador (6,2%), São Paulo (13,0%) e Porto Alegre (7,8%), e estabilidade em Belo Horizonte.

Análise do Rendimento real dos trabalhadores por grupamentos de atividade

Na comparação com março de 2009 , verificou-se:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (1,2%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (1,5%) e serviços domésticos (0,7%).

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores em: construção (2,6%); serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades mobiliárias e intermediação financeira (2,7%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,5%) e outros serviços (1,5%).

No confronto com abril de 2008 , verificou-se:

alta norendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água construção (4,7%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e outros serviços (0,4%); serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades mobiliárias e intermediação financeira (4,5%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (5,3%); serviços domésticos (6,3%) e outros serviços (0,9%).

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores em construção (1,2%).

Rendimento médio real domiciliar per capita

A pesquisa estimou em abril de 2009, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita em R$ 860,51. Esse valor apresentou alta na comparação com março, 0,6%. No comparativo com abril do ano passado, o quadro foi de recuperação, 3,4%.

No enfoque regional, em relação a março, foram observados acréscimos no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (3,3%), Belo Horizonte (0,8%), Rio de Janeiro (0,9%) e São Paulo (0,7%). Movimento de queda foi observado em Salvador (3,3%) e estabilidade em Porto Alegre. Na comparação com abril de 2008, assinalaram recuperação: Salvador (6,7%), Belo Horizonte (1,3%), São Paulo (6,4%) e Porto Alegre (5,7%). Foi observada retração em Recife (3,2%) e no Rio de Janeiro (1,7%).

Mssa de rendimento real efetivo da população ocupada

A massa de rendimento real efetivo da população ocupada foi estimada em R$ 27,6 bilhões com base na Pesquisa Mensal de Emprego de abril de 2009 (mês de referência março de 2009) , para o total das seis Regiões Metropolitanas. Houve estabilidade em relação a fevereiro e alta em comparação com março de 2008 (3,9%).

Na comparação com fevereiro último, houve queda na massa de rendimentos em Salvador (2,0%), Belo Horizonte (0,5%) e São Paulo (1,3%). Movimento contrário ocorreu em Recife (3,2%), Rio de Janeiro (1,9%) e Porto Alegre (2,6%). Em relação a março de 2008, ocorreram altas em Salvador (8,6%), Belo Horizonte (2,4%), Rio de Janeiro (2,2%), São Paulo (5,5%) e Porto Alegre (3,1%). Ocorreu declínio em Recife (4,9%).

Nota:

1 Rendimento habitualmente recebido.

Ricardo Bergamini
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[email protected]
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http://www.blogdabolha.com.br

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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