Presidente do Brasil não se intimida com vaias e vai estar na final da Copa das Confederações
Por ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA.RU
BRASILIA/BRASIL - A vaia recebida no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), no Brasil, na solenidade de abertura da Copa das Confederações, não será motivo para que a presidente Dilma Rousseff deixe de comparecer ao encerramento do evento, no Maracanã, Rio de Janeiro, no próximo dia 30.
Em Brasilia, o Palácio do Planalto confirmou que a presidente Dilma Rousseff estará no Maracanã acompanhando a decisão da Copa das Confederações, o que indica que ela vai mesmo enfrentar vaias, protestos e quaisquer outros tipos de manifestações que possam acontecer antes, durante ou depois do jogo.
Aliados e integrantes do governo acham que a presidente não deveria aceitar eventual convite para discurso ou até mesmo pedir para não aparecer no telão do Maracanã para evitar novas vaias na final da Copa das Confederações.
A manifestação do público no sábado, antes do jogo entre Brasil e Japão, foi avaliada por petistas e assessores como um ato desvinculado de motivações políticas. "É um jeito moleque do torcedor brasileiro. Qualquer político que fosse ao estádio e anunciassem o seu nome seria recebido da mesma forma", resumiu o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE).
Dilma Rousseff não deverá estar presente nas partidas do Brasil em Fortaleza, na quarta-feira, e em Salvador, no sábado, nem nas semifinais. Dilma fará, inclusive, uma viagem ao Japão e chegará de volta ao Brasil já no próximo dia 30, quando da decisão da Copa no Maracanã.
A vaia em Brasília deverá apenas fazer com que o governo brasileiro aumente a preocupação com o protocolo. Aliados da presidente defendem que seja evitada nova situação que a exponha a manifestações negativas. "Estádio não é ambiente para discurso, é um público arredio a político e acostumado a vaiar porque já faz isso com os times", disse o deputado Vicente Cândido (PT-SP), que também é dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF).
A intenção dos aliados e assessores de Dilma Rousseff é solicitar à Fifa que a presença da presidente seja tratada de forma discreta. Além de evitar o microfone, anúncios da presença e imagens da presidente no telão não deveriam ser mostradas, na visão de pessoas próximas a Dilma.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, porém, acredita não ser necessária tanto preocupação. "Não devemos perder o sono, foi algo contra a política em geral, não contra ela (Dilma Rousseff)", afirmou José Guimarães.
ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do PRAVDA.RU.