Exposição das obras-primas russas em Londres: Ainda nem tudo está perdido

A Rússia não exibirá em Londres as obras -primas de seus melhores museus até que não entre em vigor uma lei a garantir que os quadros não serão confiscados, insistiu hoje (21) a Agência Federal da Cultura e Cinematografia da Rússia “ A Rússia não alterou sua postura a pesar as declarações realizadas pelo Reino Unido “, destaca o comunicado dessa agência federal .

A Rússia “ somente realizará a exposição em Londres quando entrar em vigor e ser estudada a lei correspondente para se ter a segurança as obras ficarem protegidas contra possíveis reclamações de terceiras pessoas”, diz a nota.

 A exposição, que acabou há pouco sua passagem por Dusseldorf, na Alemanha, deveria iniciar uma temporada em Londres no próximo dia 26 de janeiro e seria uma das principais atrações do Royal Academy . Reúne 120 obras de nomes como Matisse, Van Gogh e Picasso, provenientes de museus como o Ermitage, de Sampetersburgo, e Pushkin, de Moscou.

 Por sua parte o Ministério da Cultura britânico informou hoje que entregará ao Parlamento britânico no próximo 7 de janeiro um projeto da lei para reformar a atual Lei da Imunidade do Estado de 1978 e assim oferecer garantias suficientes a Moscou de volta dessas obras para seus museus depois da exposição em Londres.

O conflito começou há dois dias quando os diretores dos principais museus russos levantaram a hipótese de apreensão de algumas das telas com base em processos judiciais movidos por descendentes de proprietários das obras no período pré-revolução russa, como já ocorreu em 2005.

 “ Todas as exposições a sair da Rússia podem ser o objetivo de pleito judicial , pois, pela regra geral, nossos museus contêm quadros nacionalizados após a revolução bolchevique de 1917”, explicou o diretor da Agência Federal de Cultura e Cinematografia , Mikhail Shvydkoy.

 Por Lyuba Lulko 

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