O relatório da CIA sobre o acréscimo do terrorismo no mundo, comparando os anos de 2003 com 2004, apresenta uma falha técnica gritante: compara dados heterogêneos como se fossem homogêneos.
Apresenta uma conclusão distorcida. O resultado favorece a corrida armamentista, verdadeiro interesse dos donos do poder.
A situação vivida no Iraque, Afeganistão, Israel e Palestina não pode ser comparada com os acontecimentos que ocorrem nos demais países. Estes países vivem em clima de confronto. Os ataques são corriqueiros e decorrentes dos desencontros.
Se o relatório excluir estes dados, a conclusão é totalmente diversa. Não ocorrem ataques terroristas no mundo.
Os ataques extraordinários, provocados para conturbar a estabilidade internacional, foram raros. Dois ocorreram em dias 11 em meses distintos, setembro e março. Outros ocorreram na Ásia em áreas de atrito religioso.
Está evidente que norte-americanos e principais forças da coalizão desejam manter o clima de instabilidade internacional, cultivando a possibilidade do terrorismo.
Este cenário favorece as gestões de Bush e Blair. Permite a ambos levantarem mais e mais recursos para promoverem o negócio da produção de armas de destruição em massa, provavelmente o patrocinador de toda esta conturbação internacional.
Quando ocorre um crime, os detetives procuram avaliar os beneficiados.
A corrida armamentista favorece a indústria bélica.
A fantasia criada em torno de Bin Laden é propícia aos interesses desta gente sem alma, especializada em torturar, exterminar, assassinar, invadir, destruir. Para isto precisam produzir armas e mais armas de destruição em massa.
A história concede a vitória final para os que lutam pela liberdade, independência, autonomia. Os povos que sofrem a pressão dos poderosos concordam com o auto-sacrifício como demonstração de verdade de suas causas.
Os movimentos de libertação enfrentaram a fase da perseguição, da tortura, da discriminação antes da grande vitória. Os cristãos foram perseguidos até o ano 380 depois de Cristo. Eram considerados subversivos, loucos, desmiolados.
Em pleno terceiro milênio, a humanidade é enganada pela mentira dos donos do poder. Blair e Bush juram que nunca mentiram. São dois inocentes, santos, puros. Juraram que o Iraque produzia armas de destruição em massa, de todo tipo.
Promoveram chuvas de bombas de destruição, exterminaram mais de 200 mil iraquianos, tomaram conta do petróleo e mesmo assim, garantem que buscam a paz.
Depois de tudo se justificam alegando que libertaram o povo iraquiano do jugo do terrível Sadam Hussein. O argumento é ilegal, injusto e inadequado.
A lógica chama de sofisma o raciocínio sustentado sobre uma base falsa. Nenhum país do mundo possui o direito de intervir na autonomia de qualquer povo, até o momento que ocorrer uma agressão externa de significativa representatividade.
No caso do Iraque, o agressor é a coalizão.
A inversão de valores é flagrante. Bush e Blair devem ser julgados por crimes de guerra. Passaram por cima do mundo inteiro. Desconsideraram o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Interromperam o trabalho de Blix.
Definitivamente, Bush e Blair dominam muito bem a verdade de subjugar a humanidade aos seus régios interesses.
Orquiza, José Roberto escritor [email protected]
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter