GUERRA, MODO OCIDENTAL E ORIENTAL

Poderia escrever livros sobre o assunto, mas como diz o meu chefe Timothy Bancroft Hinchey, eu sou mesmo bom é nos editoriais. Vou por isso tocar de leve em análise desses dois modos de guerra que fará os leitores compreenderem o que se passará no futuro do Iraque.

O modo ocidental de guerra, praticado às vezes por orientais é a ocupação de um país, superficialmente. O que quer dizer ocupação superficial? A ocupação do Vietnam, a ocupação do Afeganistão e agora a do Iraque.

Vi as tropas dos Estados Unidos entrarem em Saigon (Vietnam) e sua longa permanência na mesma, até serem expulsos, em uma debandada verdadeiramente histórica e vergonhosa.

Ocupa-se o país, sem o apoio de nenhum grupo organizado ou étnico. Tenta-se comprar certos grupos corruptos da população, oferece-se cargos de comando a bandidos ambiciosos. Coloca-se agentes da CIA aos milhares, entre a população, e tenta-se agüentar o máximo de tempo possível. Eis a técnica de guerra e ocupação ocidental.

No Vietnam, foram utilizadas centenas de milhares de soldados norte-americanos, foram realizados bombardeios indiscriminados de cidades e aldeias, onde foram despejadas mais bombas do que o total gasto na segunda guerra mundial. Produtos químicos (guerra química) foram lançados em florestas. Um barbarismo selvagem sem limites.

Vitória na guerra, cantada pelos Estados Unidos da América do Norte no primeiro ano, foi diminuindo de intensidade até a sua TOTAL derrota.

No Afeganistão, vimos os norte-americanos repetirem a técnica ocidental, “ocupando” rapidamente a nação, como os russos tinham feito há alguns anos atrás, e se declararem vencedores da guerra. O primeiro ano se passou, e já começa a se repetir o que aconteceu com os russos no Afeganistão e com os próprios norte-americanos no Vietnam.

No Iraque, Bush já está sentindo o ridículo da proclamação de vitória, num país, onde mais de 10 milhões de pessoas têm em seu poder uma kalishnikov e muita munição e, onde os xiitas, 60% da população, já demonstraram o ódio que sentem pela presença norte-americana, sem contar os sunitas (pró-Saddam) já em conversação com os primeiros, para a expulsão dos soldados estrangeiros de seu território Mas, para Bush e os ocidentais, é melhor declarar (como no Vietnam) a vitória imediatamente, do que não poder declará-la nunca!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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