Terra dos Humanos

Os cientistas estudam profundamente o jogo de equilíbrio entre as diversas forças que interagem no universo. Qualquer alteração obriga um novo processo de ajuste e consequentemente, uma nova estabilidade.

Na Terra, planeta do sistema solar, deveriam se observar as mesmas tendências. Existe, no entanto, um ingrediente avassalador nesta pequenina parte do mundo: é habitado pelo homo depredator.

São animais mesquinhos, egoístas, capazes de destruir tudo que encontram pela frente, Inclusive seus próprios semelhantes.

São criaturas estranhas dotadas de um terrível espírito de explorar a natureza e a própria humanidade em benefício próprio.

O planeta é um paraíso que vem sendo gradativamente depredado. Não existem limites. Não existem princípios. Não existem valores.

Alguns sábios inventaram a história do medo através do castigo do inferno para controlar o ímpeto destruidor. A fórmula está desgastada. Não funciona mais.

Outros criaram a história da responsabilidade social e ambiental. A teoria é brilhante. Também não funciona. Não passa de um sistema de aparências para ludibriar a mídia. Os interesses exploratórios perduram.

Outros defendem o jogo do poder através do uso da força bruta, da industrialização de armas de destruição em massa, da opressão, do extermínio de inimigos de faz de conta. Alimentam lendas e mitos sobre um inimigo qualquer. Distribuem mentiras e mentiras para o planeta, incapaz de julgar, analisar, perceber os interesses por trás dos bastidores.

A última alternativa está em plena vigência. Deram toda fama do mundo ao Bin Laden. Sua mistificação é muito mais estratégica que qualquer potencialidade de perigo. Suponha que ele teve o poder extraordinário de planejar, executar e surpreender o mundo inteiro destruindo as torres gêmeas.

Com tanto poder, qualquer inimigo seria capaz de repetir ataques similares em qualquer ponto do planeta. Estas ações, com exceção do 11 de março em Madrid, não se repetiram e apresentam pouca probabilidade de ocorrer. A lógica é elementar: Bin Laden não passa de um grande mito, inventado para ampliar a venda de armas de destruição em massa e permitir ações estapafúrdias do jogo do poder.

O homo depredator precisa pensar em novos caminhos. A ciência comprova que cada ação corresponde uma reação.

Ainda existe tempo para restabelecer a teoria do equilíbrio. A natureza tem se mostrado exuberante: rapidamente consegue reviver.

O problema está no lado dos humanos. Não conseguem viver sem danar com a vida alheia. Não conseguem se desvencilhar das invencionices dos poderosos. Não conseguem conviver com a espetacular diversidade existente.

Os humanos se transformaram em demônios. Preferem o inferno. Coitado do diabo. Deve ter pedido aposentadoria. É impossível competir com um Bush ou um Blair. Falam em direitos humanos. E torturam. Falam em justiça. E pirateiam. Falam em paz. E guerreiam. São exemplares.

O homo predator tem vergonha?

Algumas constatações apontam para uma resposta negativa.

O homo predator tem salvação?

Ainda restam alguns sinais de esperança. Poucos.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X