O julgamento de Bush

Em nome desta mentira, promoveram a invasão ao Iraque. Destruíram cidades, vilas, palácios utilizando armas de destruição em massa. Exterminaram milhares e milhares de civis inocentes.

São crimes de guerra. Bárbaros. Desumanos. Praticados pelo uso da força exageradamente superior aos oponentes. É um agravante dos crimes cometidos.

A mesma justificativa para julgar Saddam cabe para estes senhores da guerra. Criaram a guerra preventiva com base em simples suspeitas. As provas não foram necessárias. Bastaram criar algumas mentiras, alguns jogos de cena, algumas ameaças.

Desrespeitaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mandaram os inspetores de armas saírem imediatamente do Iraque. Decidiram a carnificina em nome do Petróleo. A Halliburton, onde o vice Cheney trabalhava, comanda o óleo que pertencia aos iraquianos.

É importante deixar claro que o Iraque estava sob bloqueio econômico e bloqueio militar controlado rigorosamente pelos norte-americanos e ingleses. Não representava nenhum perigo ao mundo. Não dispunha de armas químicas ou biológicas.

Mesmo assim, o senhor Blair jurou que poderia atacar poderosamente o país que desejasse em menos de uma hora.

Hoje o mundo sabe que o Iraque não representava nenhuma ameaça tal como descritas por tais senhores. A legislação internacional é clara quanto a justificativa de uma guerra. É necessário que haja a agressão. O Iraque não agrediu os Estados Unidos, a Inglaterra, a Espanha, a Itália, a Polônia, a Austrália. Não agrediu nem o Kuwait seu vizinho próximo.

A coalizão violou as leis internacionais. Agrediu o Iraque com forças desproporcionais utilizando as mais terríveis bombas de destruição em massa. Desde quando a coalizão pode sair pelo mundo matando quem ela suspeita? Quem justifica as mortes promovidas? Ninguém.

Não é pelos Estados Unidos serem a nação militar mais poderosa do mundo que ele pode desrespeitar as normas internacionalmente aceitas.

Na ocasião do julgamento de Bush, Blair, Aznar é oportuno julgar o campo de concentração de Guantânamo, a compra da conveniência de países como o Paquistão e Turquia por montanhas e montanhas de dólares, os assassinatos de crianças no Afeganistão, a proteção de Israel contra as normas estabelecidas pelas Nações Unidas, e por aí afora. A relação de acusações é farta. As provas são contundentes. Basta rever os discursos proferidos por estes senhores antes da invasão. O que agride é o comportamento atual de Saddam. Com tanto dinheiro e poder ele deveria ter fugido para viver em paz em qualquer canto do planeta, como fez Fujimori, ex-presidente peruano, um protegido norte-americano. Ao contrário, permaneceu em seu próprio país.

Orquiza, José Roberto 52 anos, consultor de marketing, autor dos livros Jogo da Vitória, Editora Juruá; Dez Lições de Sucesso, Editora Posigraf; Fato ou Boato,Você Decide, Ieditora. Formação: Filosofia e Ciências Econômicas.

Especialização: Análise Empresarial. Contato: [email protected] ou [email protected]

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