ARMADOS PARA MATAR

A indústria bélica mundial não pode parar. Sua missão é exterminar a humanidade, sob a falsa máscara da defesa dos povos.

Quem são os inimigos? Quem faz a guerra? Quem promove a discórdia?

Não há diferença entre produzir armas e produzir drogas. Ambas matam igualmente as pessoas. E se não tiram a vida, deixam sinais dantescos.

O planeta civilizado aceita, aprova e permite a fabricação de armas.

O princípio desta permissibilidade é terrível. Fabricam-se as armas para defender os povos contra inimigos invasores, determinados ao assassínio em massa de crianças, mulheres, velhos.

Se as pessoas fossem maduras, equilibradas, sensatas abominariam qualquer produção de arma letal, física, química, biológica. Logicamente saberiam conversar e resolver suas divergências na base da inteligência, democracia, respeito e valorização mútua. E se nesta esfera os problemas não pudessem ser solucionados, as pessoas deveriam recorrer a um sistema de julgamento entre as partes.

A proposta é razoável. Por que não prospera?

Simplesmente por motivos econômicos. A indústria bélica é maior que todo dinheiro do planeta aplicado em educação ou saúde.

É a indústria do blefe, do jogo, da artimanha, do medo, da ameaça, da covardia. Os grandes se utilizam destas estratégias para conturbar a paz e obviamente, promover a guerra, extraordinariamente importante para os benefícios pessoais.

Os indivíduos que comandam este negócio sujo e sanguinário adoram provocar e estimular tensões internacionais.

O governo do dono do mundo tem seus pés fincados em duas grandes indústrias: a bélica e a do petróleo. Seu papel é promover estes negócios.

São todos muito santos, puros, verdadeiros humanistas. Vestem a carapuça dos cavaleiros do apocalipse. Fica uma dúvida: compõem o eixo do mal ou o eixo do bem? Pretendem a paz ou a guerra?

O pior é que os demais estadistas, intelectuais, artistas, pensadores aceitam o jogo. Os juristas procuram algumas argumentações plausíveis.

Como é possível sair desta terrível encruzilhada?

A primeira estratégia é perceber o que está acontecendo. Qual é a legalidade da invasão do Iraque se não existiam as tais armas de destruição em massa? Que país no mundo tem o direito de interferir da cultura de outro baseado em mera suspeição?

Qual é o verdadeiro interesse dos norte-americanos em promover a instabilidade na Síria, no Irã, na Coréia do Norte? Não seria mais conveniente, mais salutar, mais inteligente sentar em uma mesa de conversa aberta, perante os olhos do mundo inteiro, frente à mídia internacional?

A segunda estratégia é avaliar, analisar, estudar e definir um sistema de segurança para o planeta inteiro. Os países deveriam contribuir para a formação de uma força única, voltada exclusivamente para a promoção da paz, do convívio humano, do resgate da cidadania.

Pode ser utopia.

Não seria uma boa idéia realizar uma grande pesquisa no mundo inteiro para descobrir se as pessoas preferem a guerra ou a paz?

Os donos do mundo estão armados.

Os povos do mundo são seus reféns.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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