POLÍTICA DE ARIEL SHARON DIFICULTA DIÁLOGO DE PAZ NO ORIENTE MÉDIO

Na tentativa de acabar com a constante violência no Oriente Médio, é apresentado em maio deste ano a Israel e à Autoridade Palestina o plano de paz " Mapa da Estrada". O encontro entre a Mahmud Abbas e Ariel Sharon para dar início ao "mapa da estrada” foi realizado em Ácaba, Jordânia, onde estavam presentes o Rei Adballa e o presidente americano George Bush. O Mapa da Estrada consiste em obrigações e exigências que a AP e Israel terão que cumprir, para tornar o plano viável. Para Israel a retirada de tropas nos territórios ocupados, o fim da política de assentamentos, a suspensão de ataques a líderes das organizações extremistas palestinas, e a libertação de prisioneiros. Para á AP a exigência é mais complexa; acabar com o terrorismo dos grupos extremistas palestinos. Esse é um processo delicado, e não deixa de ser uma "ferida" para os muitos palestinos que esperam uma solução tangível para o conflito. Devido aos muitos fracassos da AP de estabelecer a paz na região com Israel, muitos palestinos vêem as "Organizações Extremistas", e a luta armada (Intifada) como o único meio de lutar pela independência da sua pátria. As organizações extremistas palestinas têm muitos adeptos para a causa. Essas organizações atraem muitos jovens, que pelo desespero e a revolta se tornam homens bombas...mártires, lutadores pela liberdade ou terroristas, dependendo do lado em que se está. O problema do terrorismo contra Israel, é que Ariel Sharon usa esse álibi, para fazer incursões nos territórios ocupados, e demolir a casa dos suicidas, gerando um espiral de violência, e alimentando o ódio dos extremistas. Após o encontro na Jordânia, Mahmud Abbas se compromete em acabar com o terrorismo, mas encontra resistências das facções palestinas e sua atuação é duramente criticada pelos mais radicais. Os grupos extremistas palestinos de imediato repudiam o "mapa da estrada" alegando que o mesmo anula a causa palestina. Uma semana depois do encontro acontece ataques terroristas contra Israel e as tropas de Ariel Sharon não deixam de fazer ataques cirúrgicos, incluindo demolição de casas, soldados israelenses atirando em civis palestinos. O velho conflito continua. A insensatez de Ariel Sharon é personificada num ataque na cidade de Gaza, para tentar matar um importante dirigente do Hamas, Adbel Aziz Al Rantissi, os mísseis disparados de helicópteros deixando Rantissi ferido. O ataque desencadeou um novo ciclo da violência, o Hamas como retaliação prometeu novas acções e dificultou o diálogo entre os grupos extremistas e o primeiro ministro da AP. Ariel Sharon classificou o ataque como "bem sucedido" e declarou que lutará contra o Hamas até ao fim. O desgaste entre Mahmud Abbas e as facções palestinas estão sendo agravadas pelas ações de Ariel Sharon, que até agora não desmantelou assentamentos habitados nos territórios ocupados, e até permite construções de colônias discretamente, fora as incursões do exército israelense nas áreas palestinas. Enquanto isso, os palestinos e as organizações extremistas cobram respostas de Abbas. Agora, uma tentativa de trégua está sendo estudada pelos militantes do Hamas e Jihad Islâmico, mas ambos estão tendo dificuldades de convencer os ativistas no campo. Em troca, Israel se compromete em retirar tropas de Belém, na CisJordânia, e das áreas autônomas da Faixa de Gaza, e a suspensão de ataques contra líderes das organizações extremistas. Mas não está claro se Israel fará essas concessões. Houve muita promessa durante muito tempo. O certo é que se Ariel Sharon não der um fim na sua política genocida, o "mapa da estrada" será um fracasso, mas não é somente a Palestina que irá perder, Israel está mergulhada em uma crise financeira, agravada pela segunda intifada Palestina. Em São Paulo, no Brasil, o consulado israelense foi fechado em consequência da crise financeira que se abateu em Israel. Michele Matos PRAVDA. Ru BRASIL

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Pravda.Ru Jornal
X