SOBRA BOM SENSO

A invasão do Iraque é uma grande aventura inconseqüente. Hans Blix foi obrigado a sair para permitir o show pirotécnico dos norte-americanos, ansiosos para soltar seu foguetório da morte e destruição.

Não existem as tais armas de destruição em massa como mentiam para o mundo inteiro Bush, Blair e Aznar.

Na verdade, tudo não passa de uma brincadeira inexplicável e injustificável. Nenhum país do mundo pode invadir qualquer outro com base em mera suposição, invencionice, alegando direito de se prevenir contra lendas, fantasias, hipóteses.

Num primeiro plano qualquer analista recomendaria sessões de psiquiatria. Num segundo plano qualquer jurista de bom senso recomendaria pagar o ônus cometido.

Lógico que estas suposições estão fora de cogitação.

Os senhores do mundo estão acima de qualquer suspeita, qualquer possibilidade de erro, qualquer punidade.

Independente de tudo a aventura continua. O senhor Bush decidiu pelas eleições neste próximo dia 30, de qualquer forma e jeito. Prova que o bom senso está sendo exagerado. Como sempre.

O império determina, impõe, obriga, condiciona e transverte este quadro com o nome de democracia.

O povo do Iraque possui toda liberdade do mundo para escolher seus dirigentes e líderes. Os eleitores, por medida de precaução, só vão saber dos locais de votação na véspera.

Considerando que não houvesse bom senso, o fato principal seria identificar o verdadeiro problema do povo iraquiano.

O Iraque é capaz de produzir a segunda maior oferta de petróleo do mundo inteiro. Se tivessem a condição de usar esta riqueza em benefício da qualidade de vida de seu povo, bastaria um decênio para reconstruir o que as bombas de destruição em massa da coalizão desfizeram.

O Iraque é um dos berços da civilização. A história da Bíblia relata os rios Tigres e Eufrates. Ali se desenvolveu a civilização da babilônia. Bagdá é uma cidade histórica. Muitos locais do Iraque deveriam ser considerados patrimônio da humanidade.

Estas ponderações não existem para os donos do mundo. Eles possuem a capacidade de destruição em massa para ocupar o espaço que desejarem sobre o Planeta Terra. São os maiores produtores de todos os tipos e modelos de aparatos de extermínio da raça humana. Controlam os céus, os satélites, os pensamentos, os desejos, as liberdades. Dominam as riquezas e se apoderam do petróleo que desejarem. São os vencedores. Os demais são os perdedores.

Senhores chefes do mundo, cheios de poder e capacidade destrutiva, que tal instituir um imposto sobre todas as riquezas geradas para deixar o mundo em paz?

Tudo isto parece um grande surrealismo. Os donos do mundo seqüestraram o planeta terra. Cabe aos simples e mortais humanos reverenciar, idolatrar, adorar, respeitar e atender todos os desejos superiores do povo norte-americano.

O melhor exemplo disto tudo é o povo do Iraque. Um povo cabeçudo, que não aprende, que vive se auto-explodindo, que não compreende o grande espírito libertador do grande chefe do mundo.

O Afeganistão é o exemplo vivo de democracia, liberdade, desenvolvimento.

A América parece sábia. O resto vive na tolice. Ainda precisamos aprender muita coisa.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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