A Farsa da Guerra

Esta não é uma guerra, é um ataque terrorista perpetrado pelos EUA e o Reino Unido contra o estado soberano do Iraque.

As conferências de imprensa geridas pelas forças militares norte-americanos são risíveis. Uma meia-dúzia de oficiais explica as imagens no ecrã, com a linguagem fria e desumana de quem faz a vida destruindo vidas e lares.

Esta não é uma guerra, é uma chacina. As forças militares do Iraque não têm qualquer hipótese de lutar em termos de igualdade com as forças terroristas dos EUA/Reino Unido, que invadiram o seu território contra a lei internacional.

Estas forças terroristas têm as últimas descobertas da alta tecnologia ao seu dispor, daí que não é de surpreender que conseguem destruir os seus alvos com o “sucesso” que Donald Rumsfeld gosta de realçar.

As conferências de imprensa são perversas, são uma afirmação cínica dos vendedores de armamento, vendidos pelas forças do Mal, que são superiores ao inimigo. Como se fosse possível não o ser…

Quando se tem uma superioridade aérea de 100%, naturalmente se pode fazer tudo. Pode-se bombardear os alvos de 30,000 pés para não correr o risco de sofrer baixas, mas na mesma altura, assassina-se civis. Não faz mal, na linguagem dos terroristas, são “danos colaterais”.

Pode-se destruir “alvos” quase imune, com a mesma facilidade com que os pioneiros norte-americanos chacinaram os índios. Isto qualquer um faria, se tivesse acesso ao equipamento.

Esta não é uma guerra. Por isso, sugere-se que o Pentágono acabe com estas conferências de imprensa macabras para não ficarmos com a noção de que as forças terroristas dos EUA/Reino Unido são nada mais do que cobardes.

Armar um homem com uma metralhadora, deixá-lo apontá-lo contra um indefeso, puxar o gatilho e matá-lo, não faz um soldado valente. De valentia e bravura, não tem nada. Quando tais actos são perpetrados num processo ilegal, dá a mesma legitimidade às forças dos EUA e do Reino Unido que tinha os operacionais da Al-Qaeda que fizeram o ataque de 11 de Setembro.

As forças dos EUA e do Reino Unido estão a perpetrar actos de terrorismo. São forças criminosas, é um ataque ilegal, contra a lei internacional. Por isso, não vamos chamar isto uma guerra, vamos sim encarar estes actos de arrogância que são as conferências de imprensa com o desprezo que merecem…tal como o Bush e Rumsfeld e Cheney fazem quando Osama bin Laden aparece no ecrã. É a mesma coisa, é o mesmo mal.

Cabe a ONU mandar parar esta agressão criminosa e terrorista o mais depressa possível para repor as forças de Bem no mundo e para repor a autoridade das Nações Unidas e dos princípios da lei internacional.

Timothy Bancroft-Hinchey Pravda.Ru

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