O salário mísero do governo mínimo

Queria e tentou, usando todo seu poder, aprovar o novo salário em R$ 260,00. Se lembrarmos do seu discurso de campanha, quando jurava duplicar o salário mínimo em seu governo, só posso dizer que a sigla PT não sugere mais que seja do Partido dos Trabalhadores, mas sim, de outros bem menos dignos.

Lula, até agora, tem se esmerado em empobrecer nosso País, o nosso povo. Primeiro, acordou com o FMI aquele superávit primário de 4,25%, impedindo assim o novo governo de financiar o desenvolvimento nacional, social. Depois, foi a taxa básica de juros de 26,5%, aquela que duplicou nossa divida pública e diminuiu os investimentos no setor produtivo, restringindo os investimentos na agiotagem barata do setor chantagista financeiro. O Brasil seguia assim: o presidente viajando e o País decrescendo, ficando mais pobre em si mesmo, até desfalecer com um decrescimento de 0,2% em 2003, no primeiro ano do governo companheiro.

Agora vem a estocada impatriótica de Lula e pares, querendo que o trabalhador brasileiro fique cada vez mais à margem da sociedade que luta pelas conquistas dos eternos e almejados direitos sociais.

No governo de Lula registramos os números reveladores, dizendo ao que veio o presidente saído das mais baixas camadas sociais. Durante o comando do ex-retirante, o Tribunal de Contas da União revela que a renda dos trabalhadores, que girava em torno de R$ 1.300 em 1994, passou para R$ 1.210,00 em 2002 e atingiu R$ 910,00 em 2003. Se não bastasse apenas a perda salarial do trabalhador, para aumentar ainda mais as agruras dos brasileiros, o governo elitista de Lula permitiu, em um silêncio cúmplice, que o empobrecimento da Nação seguisse seu rumo, dentro do esquema neoliberal, alvejando a dignidade do trabalhador nacional. Uma vergonha!

Por causa disso, o Brasil, que foi a 8ª economia do mundo até 1998 e a 12ª em 2002, caiu 3 posições em 2003 e ficou em 15º lugar, sendo ultrapassado pela Holanda, Índia e Austrália. Nesta mesma maré antinacional lulesca, o Brasil despencou mais de 40 posições na classificação de exclusão social do mundo e ocupa hoje a 109ª colocação em um ranking de 175 países. Dentre os países sul-americanos, a Argentina está na 57ª posição, Uruguai é o 58º colocado, Chile o 68º e Peru está no 81º lugar. Cuba está em 45º. E o Brasil de Lula e do FMI lá trás, bem depois da Argentina de Kirchener e da Cuba socialista de Fidel. Que retrocesso!

Assim vamos nós, vendo o trabalhador sendo punido por ter acreditado em Lula, e o banqueiro sendo ungido por ter duvidado dele. Para entender esta lógica, só convocando a ilibada coerência petista, aquela que reina no poder central, no palácio do que é torto. No Congresso Nacional, alguns cantaram diante das nebulosas diretrizes petistas: “Você tratou com traição a quem sempre te deu a mão”. O brasileiro não deu ao Lula apenas a mão, mas sim o coração, marchando para as urnas com a esperança em punho, na crença da realização do grande sonho nacional.

Agora, depois de depositar no novo, no que era igual, aquela chama que não morre nunca e guia os corações dos homens pelos becos escuros da vida diária, vê-se dentro de cada um uma lágrima que começa a pingar em cima da chama acessa da esperança. Espero que até lá o perdigoto imoral de Lula não seja uma gota perdida que apagará a última centelha que brilha dentro do coração de cada trabalhador brasileiro. Petrônio Souza Gonçalves jornalista e escritor

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