Império da Injustiça

A ocupação do Iraque sustentada em mentiras e mais mentiras, o extermínio de mais de 200 mil iraquianos, a maior parte civil, o abuso dos direitos humanos através da tortura oficial e generalizada, a apologia da defesa dos interesses nortes americanos à custa da poluição do planeta, a exclusão de dois terços da humanidade da vida social, política, humana e econômica, a produção inconseqüente de armas para destruírem humanos e por aí afora afrontam conceitos de inteligência, bom senso e equilíbrio.

Percebe-se um predomínio do jogo de interesses mesquinhos e egoístas. Fabricar armas de destruição em massa, por exemplo, tem sido um negócio fantástico de enriquecimento dos governos dos poderosos. Quem paga a conta é o povo uma vez que os compradores são os estados e nações. As margens de lucro deste business são estratosféricas. Incluem um custo de mordomia indescritível.

Quanto maior for a instabilidade internacional, maior é o crescimento das vendas. É um jogo arriscado. Alguém precisa morrer. Do outro lado, os vivos precisam aproveitar a vida, ao máximo. Precisam cuidar para que o feitiço não se volte contra o feiticeiro.

A psicose do terrorismo é o grande marketing deste processo dantesco. O desafio é controlar alguns impulsos inesperados.

Nunca houve na história um vencedor perpétuo. Nem haverá. A dinamicidade dos fatores requer uma atenção incrível. Em um momento ou outro alguém se cansa.

A maioria imagina soluções previsíveis. Não acontece assim. É possível hoje listar diversas possibilidades de ataques terroristas similares ao das torres gêmeas. Isto obriga um sistema de defesa complexo, dispendioso e permanente.

Ocorre que a fragilidade se desloca rapidamente. Sempre foi muito mais fácil atacar que defender. Todos que precisaram defender um local importante geraram vulnerabilidades inesperadas.

Os generais aprendem a não atacar a lógica. Pensam sistematicamente sobre a estratégia da surpresa. Uma simples ação consegue derrotar o mais poderoso gigante. A história de Davi e Golias ainda se repete.

A solução depende da promoção do equilíbrio, da igualdade, da liberdade, da justiça, da capacidade de compreender as diversidades, da maturidade, do bom senso.

O opressor não quer perder seu status. O oprimido precisa respirar. O opressor não quer abrir mão do controle, do domínio, da determinação. O oprimido luta por condições mínimas de sobrevivência. O opressor não consegue perceber o direito do oprimido. E este procura se libertar da escravidão daquele.

O império da injustiça é assim. Todos consentem. Todos se calam. Todos se vendem para o dinheiro do opressor.

A luta perdura desde quando o homem descobriu a tentação do poder.

Não vale o avanço científico. Não vale o desenvolvimento intelectual. Não vale o princípio de igualdade, fraternidade, liberdade. Não vale a verdade.

Vale o que satisfaz o interesse do opressor. Vale a supremacia. Vale a mentira.

To be or not to be. To believe or not to believe. This is the question.

Resta uma esperança. Boa parte do oprimido conseguiu se sobrepor.

Resta uma dúvida. Logo que o oprimido consegue de libertar, boa parte se transforma novamente em opressor.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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