Epidemia do mal

O resto do mundo está aprendendo a respeitar os direitos humanos, a igualdade entre as pessoas, a independência da justiça, a convivência harmônica. Parece que a Carta das Nações está frutificando.

Todos estes valores foram durante muito tempo idolatrado pelos norte-americanos. Hoje, fazem tudo ao contrário.

O governo Bush e sua sociedade advogam o direito do ataque preventivo, sob mera suspeita, tal e qual ocorreu no Iraque. Trata-se de um recado claro: estão planejando despejar suas inocentes bombas de destruição em massa, teleguiadas, inteligentes, justas sobre a cabeça do povo iraniano, do povo da coréia do norte e por aí afora.

Quando uma sociedade corrompe os princípios para salvaguardar seus interesses a exemplo de Guantânamo, Iraque, Afeganistão, torturas e mais torturas, mentiras e mais mentiras, sob a omissão das nações unidas e órgãos similares, é sinal que a epidemia do mal está se alastrando.

Em pleno século vinte e um quando devemos analisar, estudar, avaliar os sistemas de equilíbrio de convivência humana, os Estados Unidos da América quer fabricar armas de destruição em massa para exterminar seus pretensos inimigos.

O quadro permite uma compreensão clara e fácil: imagine que a polícia de sua cidade adquira o direito de matar você e todos seus familiares sob mera suspeita de terem infringido a legislação.

Na seqüência, se seus amigos, parentes ou defensores conseguissem provar sua total inocência, não faria a menor diferença como ocorre no Iraque. Você foi agraciado com a suspeição dos donos do mundo. De um jeito ou de outro eles são imunes a qualquer lei.

O terror do prepotente constitui a pior epidemia do mundo. O resto do mundo suspeita que os norte-americanos precisam urgentemente de um bom equilíbrio.

Fica o questionamento sobre a capacidade de reação da sociedade americana. Que tipo de lavagem cerebral é capaz de conturbar a mais singela das inteligências?

Os estrategistas da indústria bélica estão festejando. A maior parte desta indústria situa no território do tio Sam. Alguém precisa esclarecer definitivamente que as armas de destruição em massa exterminam pessoas humanas. Entre três pessoas exterminadas, duas são civis inocentes, idosos, mulheres, crianças.

Porque Hitler é considerado um criminoso de guerra, quando os norte-americanos agem da mesma forma? Será que a diferença é meramente circunstancial uma vez que Hitler perdeu a guerra? Será que na segunda guerra mundial apenas os alemães, italianos e japoneses cometeram carnificinas? Os cidadãos civis e inocentes de Hiroshima e Nagasaki fazem parte das estatísticas de erros grosseiros.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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