Qual é a vossa posição sobre as manifestações de amanhã?

Caro Carlos, Muito obrigado pela sua pergunta interessante e pertinente. A nossa posição pode ler no artigo "Carta Aberta" que publicamos hoje em todas as páginas nacionais, pois consideramos que é um assunto de tamanha importãncia.

A nossa posição é a da Federação Russa, nomeadamente que se deve dar uma hipótese à paz, deixando os inspectores concluir o seu trabalho. Se for descoberto armamento proibido, deve ser destruído.

Não é preciso uma guerra. Todos sabemos por quê os EUA estão tentando tudo para criar o cenário para uma intervenção bélica. Não é só o lobby de energia, mas também o lobby de aço e o lobby de armamento, que está empurrando a política da Casa Branca.

Há a necessidade de desviar as atenções dos americanos da sua economia, há a necessidade de estimular esta por meio duma guerra curtinha e fácil de ganhar.

No entanto, para haver uma guerra, tem de haver pretextos. Não os há. Qualquer intervenção militar neste momento seria ilegal e constituiria um crime contra a humanidade.

Por isso estamos a favor destas manifestações, por várias razões. Primeiro, a política deve fazer-se democráticamente, o que quer dizer que o cidadão deve sentir que a sua acção é importante, e é. Em segundo lugar, a política deve ser engraçada, divertida, e o encontro entre pessoas, uma gritaria, umas bandeiras bem desenhadas, uma criatividade na elaboração dos discursos não constitui só uma tarde diferente, fora de casa, mas também um estímulo cultural.

Em terceiro lugar, é uma oportunidade para aqueles que não têm oficialmente qualquer poder nas mãos, mostrarem aos que o têm, que há obrigações inerentes no acto de governar.

Em Portugal, onde há um Primeiro Ministro que assina uma Carta de aopio aos EUA sem sequer consultar o seu presidente, este tipo de manifestação tem muita importância pois quando os governantes não têm competência para desempenhar as suas funções, há que constituir entraves e sistemas de segurança para compensar, nem que isso tem de ser realizado pelo cidadão comum.

Um abraço de amizade, Carlos! Timothy Bancroft-Hinchey Pravda.Ru

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