Mente Doente

Depois de 11 de setembro de 2001 os norte-americanos foram cometidos de uma profunda psicose pelo medo. Começaram a desconfiar de tudo e todos. Ninguém está a salvo. Todos podem representar perigos eminentes.

O desafio é descobrir com antecedência a mente doente.

Em nome desta epidemia, todas as liberdades foram suprimidas. E todos os direitos foram subvertidos até a invasão do Iraque sem qualquer prova plausível, exceto um montão de mentiras e mais mentiras.

Ninguém se sente envergonhado. Exterminaram quase duzentas mil pessoas. Torturam mais de vinte mil cidadãos sem qualquer direito de defesa prévia. Destruíram cidades e boa parte da história antiga. Tomaram conta do petróleo iraquiano, a segunda maior reserva do mundo.

Trata-se de um dano gigantesco ao povo iraquiano e à estabilidade do planeta terra. E o mundo inteiro permanece omisso.

Quando Hitler invadiu a Polônia em 1939, o mundo civilizado reagiu.

Quando Bush, Blair e Aznar iniciaram a ocupação do Iraque, o mundo civilizado calou. São sinais de novos valores, terrivelmente degradados.

Bush, Blair e Aznar devem desculpas a todos os cidadãos do planeta terra. Devem muito mais: precisam recuperar todos os danos cometidos, físicos e morais. Devem desocupar os territórios invadidos injustamente. Devem ressarcir os familiares sobreviventes até o fim de suas vidas. Devem pagar o petróleo pilhado por longos anos. Devem desistir de suas ações bélicas inconseqüentes, da mesma forma que obrigaram os alemães, italianos e japonesas no pós-guerra.

Ninguém tem o direito e autoridade de interferir na soberania de qualquer povo em conformidade com a própria Carta das Nações Unidas. Ninguém tem o direito e autoridade para alterar valores culturais e históricos de qualquer povo. Ninguém tem o direito e autoridade para impor suas regras e modus vivendi para quem quer que seja.

Neste cenário, as mentes doentes começam a visualizar tudo quanto é hipótese de ataque terrorista. Especialistas do mundo inteiro estudam as vulnerabilidades, procurando a proteção total da humanidade dominante.

Mesmo que a possibilidade de ataque seja uma exceção (11 de setembro de 2001 e 11 de março de 2004), é interessante promover a paranóia do medo.

Nenhum sistema do mundo é capaz de evitar, por exemplo, os assassinatos. A não se que cada pessoa seja colocada em uma redoma à prova de destruição.

A sensação de segurança está permitindo ao estado a invasão das privacidades e liberdades básicas. E a probabilidade de ocorrer extravagâncias é muito maior. Mesmo assim a psicose da mente doente contamina o padrão de normalidade.

Este cenário estimula o incremento armamentista. A Ásia está caindo que nem pato no planejamento dos estrategistas de conflitos internacionais. Eles precisam de guerra para vender mais e mais armas de destruição em massa.

O maior beneficiado deste jogo terrível é o país do Bush. O maior comprador potencial de armas é a China. Taiwan, Paquistão, Índia, Indonésia gastam muito mais em armas do que melhorar a qualidade de vida de seus povos.

O mundo precisa de excelentes psiquiatras.

A epidemia do mal está se alastrando a uma velocidade espantosa.

Onde mesmo se escondem as mentes doentes?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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