JOGO DA MORTE

O negócio da defesa no planeta terra está estimado em 900 bilhões de dólares para 2004. Em 2000, estava na casa dos 800 bilhões. Em 2010, do jeito que está, deverá significar algo como 1,2 trilhões de dólares.

Como funciona este negócio? Como ele cresce? Como se dinamiza?

Basicamente, depende da quantidade e potencial dos inimigos.

Estamos na fase da consagração do terrorismo. A lógica é simples: quanto mais medo for gerado pelo terror, mais cresce o negócio da produção de armas de destruição seletiva e de massa.

O aumento do terror alavanca o jogo de interesses. O próprio business alimenta os dois vetores, servindo ao diabo e Deus ao mesmo tempo.

O que a indústria bélica lucrou com o ataque de 11 de setembro é incalculável. Por isso nunca vai faltar dinheiro para as campanhas políticas dos senhores da guerra liderados pela dupla dinâmica Bush e Blair.

De outro lado, o cenário identifica o maior inimigo de todo planeta. Os norte-americanos podem destruir, invadir, ocupar, determinar, exterminar qualquer país da atual geografia econômica, política, social.

De defensores do mundo, guardiões da paz e democracia representam a pior ameaça para a humanidade. Confortavelmente, a partir de botões, conseguem promover chuvas de destruição em qualquer coordenada do planeta terra.

Os norte-americanos dominam e determinam todo jogo das nações unidas, ultrapassando com larga folga todos os parâmetros e direitos estabelecidos, como fizeram na invasão do Iraque.

A ameaça do poderio norte-americano faz crescer duas vertentes terríveis: primeiro é o desenvolvimento secreto de todo armamento nuclear, capaz de barrar a ânsia destruidora do Tio Sam; segundo, o desenvolvimento de novas tecnologias mais poderosas e destruidoras.

Os norte-americanos desequilibraram a corrida armamentista. A indústria bélica agradece.

O mundo está se armando para desfechos piores.

Para o jogo de interesses da indústria de armas de destruição seletiva e de massa o cenário não poderia estar melhor.

Nestas horas, o jogo do bom senso, da maturidade, do equilíbrio, da convivência em harmonia é muito difícil. O poder da corrupção dos interesses é muito forte. Um pobre mortal se vende à benesse destruidora. Trai a humanidade.

A regra continua sendo cada um por si e Deus por todos.

No negócio de destruição e extermínio da raça humana vale tudo. Calcule a ação secreta decorrente deste fantástico jogo de interesses.

Como é possível reagir?

Qual é a estratégia para barrar a ânsia devastadora de um negócio deste tipo e tamanho?

Quem se arrisca salvar o mundo?

É muito mais inteligente viver em paz, promovendo a estabilidade, reduzindo os desequilíbrios, ampliando o mercado de consumo.

Parece que este caminho não se enquadra nas alternativas disponíveis.

Parece que o inferno é aqui mesmo no planeta terra. Será que estou exagerando?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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