A administração Bush é Fascista

A democracia baseia-se num diálogo entre partes iguais. Esta administração em Washington nem respeita a noção de igualdade entre as nações nem tolera um processo de diálogo aberto com os seus parceiros na comunidade internacional.

A noção de que “Se não estiver connosco, é contra nós” traz no bolso a noção escondida “e será punido por pensar duma maneira diferente”. É esta a linha adoptada pelos EUA, que rapidamente tomou a iniciativa depois do 11 de Setembro para seguir um discurso e modus operandi belicoso, dando uma oportunidade dourada aos poderosos lobbies que gravitam a volta da Casa Branca e do Pentágono para darem um impulso ao tipo de política externa que queriam desde o início que George Bush seguisse.

Sempre que há uma crise interna nos EUA, a política externa deste país responde por criar situações que requerem a gestão de crise. Só que com a administração Bush, não há gestão da crise. A crise é liquidada, da mesma maneira em que se parte um ovo com um martelo, sejam quais forem as consequências.

À volta do eixo Bush-Cheney-Rumsfeld-Rice circula o lobby todo-poderoso de energia mas também o do aço, um sector em crise e ligado a este, a indústria de armamentos, todos sedentos para contratos ou recursos que irão estimular a economia doméstica.

Que melhor maneira para criar uma crise do que iniciar uma guerra, que envolve um país relativamente indefeso e que possui uns 10,7% das reservas mundiais de petróleo? Contudo, uma guerra necessita dum pretexto e um pretexto deveria normalmente ser debatido no foro apropriado, nomeadamente o edifício das Nações Unidas em Nova Iorque.

O facto dos EUA já terem declarado que se a ONU não os apoia na sua posição agressiva contra o Iraque, então esta organização ficará obsoleta e por isso os EUA serão esforçados a tomarem medidas unilaterais, contrariando a noção de comportamento democrático ou de procedimento normal de discussão em debate.

A posição adoptada pela administração Bush é igual à abordagem seguida por Hitler nos anos 30. Usou a mesma táctica beligerante, usando a força onde poderia ter usado o diálogo para seguir os interesses nacionais da Alemanha. Tal como Hitler, Bush e a sua administração não sabem dialogar, nem se interessam, por isso, seguem o mesmo rumo: Fascismo.

Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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