Mais de 107 crianças presas

O mundo assistiu a barbárie de camarote. Estouravam as bombas lá em Bagdá.

Bush, Blair e Aznar vingavam suas dores através do temor ao poder da morte.

Usavam cachorros para torturar os ocupados.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha revela que mais de 107 crianças permanecem presas em diversas prisões mantidas pelos invasores. Falam em maus tratos, abusos, desrespeitos, infâmias. Algo como uma menina de 12 anos, nua, em uma solitária. Ou um menino enlameado para fazer seu pai confessar qualquer crime. Do que é feita a humanidade?

De fantoches? Provavelmente. O holocausto não serviu para nada. Nem para os judeus nem para o resto do mundo. As Nações Unidas não servem para nada. Não são unidas nem justas.

Do que é feita a humanidade? O pior não é a atrocidade cometida, não é a tortura, não é o crime contra crianças. O pior é que o comando consentia, assentia, aplaudia. Nenhum soldado tem espaço para praticar barbáries a bel-prazer.

Quando estes atos acontecem é porque contam com a plena aprovação dos superiores. Há o beneplácito dos deuses.

Foi assim em Roma quando os inimigos eram lançados ao vivo aos leões ou gladiadores. Não é um fato novo. Do que é feita a humanidade?

De dor. De vingança. De ódio. De depredadores. Os direitos humanos estão espetacularmente preservados no papel e no jogo de cena dos titulares das Nações Unidas.

Não conseguimos conviver. Não conseguimos respeitar as diversidades. Não conseguimos nos tornar melhor. Do que é feita a humanidade?

De invasões. De suspeitas. De discriminações. Tudo se resume no quem pode, pode. E quem não pode, chora. Quem tem poder, manda, faz, abusa. Quem não tem, se cala e consente.

A humanidade é a maior aberração da natureza.

Quando o exemplo dos que se dizem melhores ultrapassa a loucura, quando a tortura indiscriminada, de grandes e pequenos, é autorizada pelo comando, quando o poder implode as liberdades, definitivamente a humanidade se mostra descoberta, podre, doentia, fétida. Do que é feita a humanidade?

De absurdos. Com certeza.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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