A Russia parece que se dobra aos interesses economicos

Quando a gente fala do mundo, talvez pudessemos nos referir a Russia como potencia. Mas acho que esta esperança acabou. Os interesses da Federação Russa parece que são outros. O gostinho pelos dolares devem estar fechando os olhos desta maravilhosa nação. Isto é ruim para nós habitantes do planeta terra que estamos entregues as vontades do dono do mundo - digo - Estados Unidos.

Saudaçoes

Claudio Rossini SP - Brasil

Caro Claudio,

Muito obrigado pela sua opinião. Discordo que a Rússia se dobra aos interesses económicos. Quem se dobra é os Estados Unidos da América, onde o regime cripto-fascista do Bush et alia começa a semear um reino de terror a volta do mundo. Um império do Mal.

A Rússia segue uma linha coerente e contínua, baseada numa abordagem multipolar e multilateral, em que todos os países possam participar nos eventos do mundo através de iniciativas bilaterais, sempre numa base de igualdade.

A Rússia tinha três alternativas: participar activamente num ataque ilegal e assassina, que foi a escolha do Reino Unido, Espanha, Polónia e Austrália; nem dizer sim nem não, mas dizer "nim", apoiando o ataque assassina e ilegal duma distância segura, uma política nojenta seguida por Portugal, Dinamarca e Itália, cujo Número 2, Bossi, quer que a Marinha italiana atire sobre embarcações com imigrantes ilegais no alto mar; e dizer rotunda e firmemente, NÂO.

Foi esta escolha e foi a voz da razão. Ganhou muito mais a adoptar essa posição, que foi a única que lhe competia seguir.

Agora, Claudio, há quem queria sem dúvida que a Rússia seguisse a declaração com filas de blindados a rumarem para o sul, atravessando o Cáucaso e entrar em conflito directo com os EUA.

Poder, poderia mas aonde isso levaria? A Rússia nunca queria uma guerra, a URSS era um país pacífico e agora vemos afinal quem eram os belicosos.

Não a Rússia não iria começar a Terceira Guerra Mundial sobre o Iraque. Cabe às Forças Armadas Russas defender o país se for atacado. Cabe à diplomacia russa gerir as crises externas duma posição de firmeza e coerência, o que fez muito habilmente.

Timothy Bancroft-Hinchey

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