CLAMOR DA MAIORIA

A maioria dos habitantes do planeta terra está se despertando. É o início de uma transformação importante para a evolução da espécie humana.

As desigualdades atingem níveis insuportáveis. Os dez por cento mais ricos ganham mais que todos os demais noventa por cento. Se as regras e princípios fossem equilibrados, as disparidades seriam compreensíveis e aceitáveis. Não são.

Os mais ricos se servem de todo quanto é tipo de artimanha para preservar o status quo. Corrompem juízes. Corrompem autoridades. Corrompem governantes. Corrompem deuses e diabos.

Os países mais ricos colecionam índices flagrantes de pobreza. O número de crianças pobres já ultrapassa a cifra de 50 milhões. Não estão conseguindo reduzir as disparidades sociais. Imagine o que acontece nos demais países, menos ricos ou pobres.

Os governos dos países ricos servem-se do poder de uma forma acintosa e injusta. Querem que os pobres fiquem cada vez mais pobres. Enquanto os norte-americanos desenvolvem uma nova geração de bombas atômicas, muito mais poderosas, destruidoras, confiáveis, com maior tempo de validade, os demais não podem nem se aproximar deste tema.

Estas armas são produzidas para matar humanos aos milhões a exemplo de Hiroshima e Nagasaki.

Qual é o equilíbrio que os norte-americanos apresentam para provar ao mundo uma singela boa intenção de paz?

O contra-senso é brutal.

Invadiram o Iraque exterminando milhares de vidas sob a falsa suspeita da existência de armas de destruição em massa.

Aterrorizam sírios, iranianos, norte-coreanos e o mundo inteiro semeando discórdia e guerra.

Desrespeitam vergonhosamente os direitos humanos e o meio ambiente: sob a suspeita de terrorismo prendem e perseguem qualquer cidadão, mesmo da própria raça, sem qualquer direito de defesa ou julgamento transparente; torturam quem quer que seja para arrancar as mais disparatadas confissões; poluem o planeta em nome do benefício próprio não se importando com o bem-estar da maioria; compram parcerias como o caso esdrúxulo do Paquistão, tudo sem o menor escrúpulo moral e ético; e por aí afora.

Depois de um relatório produzido por norte-americanos sobre irregularidades em diversos países do mundo, o governo chinês contrapõe: como pode um contumaz pecador, em total flagrante de irregularidades, pretender consertar a vida dos demais?

Quando a falsidade extrapola o bom senso, quando os países não mostram capacidade para tratar das diversidades, quando os ricos impõem limites ao desenvolvimento da maioria, é hora de apelar para a inteligência.

Vivemos o pior de todos os tempos. Dispomos de recursos, tecnologia e conhecimento para promover a justiça social. Ao mesmo tempo, mais de setenta por cento dos humanos estão fora do mercado de consumo.

O mundo produziu quase 80 milhões de veículos automotores em 2004. Significa que apenas 1,27% de todos habitantes puderam ter acesso a este mercado.

Em contrapartida, as cidades são construídas para dar espaço às elites dominantes.

A maioria não tem vez. Até quando?

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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