Polêmica na Itália sobre o filme "Apocalypto"

O último filme do ator e diretor americano Mel Gibson, "Apocalypto", que estreará na sexta-feira na Itália, está causando polêmica por ter sido classificado como apto para todas as idades.

O filme mostra o fim da civilização maia e contém cenas de grande violência. Segundo a imprensa italiana, a comissão encarregada de avaliar o filme se dividiu completamente até que, no final, decidiu que não haveria proibições. "Não avaliamos o valor artístico, mas pensamos que o filme contém uma forte carga de violência e de angústia devido às numerosas decapitações, sacrifícios humanos e sangue", explicou Claudia Caneva, presente na comissão como representante da associação de pais das escolas católicas.

A representante da Associação de Pais Democráticos, Marida Monaco, outra componente do comitê encarregado de avaliar o longa, também pediu que o filme fosse proibido a menores de 14 anos.

Nos Estados Unidos, o filme foi proibido para os menores de 17 anos não-acompanhados; na Alemanha, aos menores de 18 anos, e na Holanda, aos menores de 16 anos. Os representantes dos pais denunciam que na comissão não estava presente nenhum psicólogo, que normalmente também julga os filmes. "Apocalypto" foi considerado apto para todos os públicos pelo resto da comissão, formada por dois especialistas em cinema e dois representantes da categoria. Um deles, o ex-diretor da televisão estatal RAI Carlo Freccero, explicou que "Apocalypto" é uma história muito interessante sobre a violência do poder".

Freccero ressaltou que todas as televisões não tiveram nenhum receio em transmitir as fortes imagens do enforcamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Para o deputado do partido A Margarida Riccardo Villari, a Itália "é o único país que não põe restrições à violência e isto significa que há algo que não funciona na comissão". O filme, dirigido, escrito, produzido e financiado por Gibson, entrará em cartaz em 300 cinemas italianos.

Segundo "Terra"
 

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