A VERDADE

EDITORIAL

Gosto imenso de escrever editoriais para os alunos jovens, pois são os que se encontram, na maioria das vezes, em duvida quanto à maneira de agir.

Muitos adultos dizem que é difícil você entender o que é certo e o que é errado. Será?

Eu sempre procurei ajudar aos outros, dando o meu máximo, e isso para mim, sem nenhuma duvida, é certo!

Procurar ter amigos, não só por necessidade sua, mas também para alegrar outras pessoas, sei que também é certo!

Podemos fazer tantas coisas boas para os nossos semelhantes que, para mim, é muitas vezes difícil entender o porquê não fazemos. Creio que se vocês fossem bem tratados, apesar de pouco compreendidos, a vida seria muito melhor.

Espero que os alunos compreendam que, como eu, muitas, mas muitas pessoas querem o bem estar de vocês.

Creio que, em tudo isso devemos aprender uma lição: os velhos devem ter mais paciência com os jovens, mas, também eles devem ter mais paciência com os velhos!

Até a próxima semana, com outro Editorial.

Armando A PROCURA DO AMOR, capítulo 4

Muito me chocou a conclusão que cheguei sobre a palavra AMOR.

Imagine o meu caro leitor, que não foi só a conclusão que cheguei que me chocou, mas as provas intermináveis de sua veracidade

A palavra mais destruidora no mundo, é a palavra AMOR! Vou numerar apenas umas das dezenas de razões pelas quais cheguei a triste realidade.

A mulher que é cantada, com a palavra AMOR, repetida centenas de vezes no seu ouvido, e pouco tempo depois, ela é desprezada como um pedaço de osso que já foi roído.

Os homens também, já passaram por esse martírio, e muitos sucumbiram.

As crianças que presenciaram muitas vezes a declaração de AMOR de um dos seus pais, e depois viram a traição realizada em sua frente, NUNCA esquecerão o porco significado dessa palavra, dado a sua inocência.

Crianças que se drogam pela infidelidade dos seus pais, vendo varias vezes os amantes dos mesmos, se confundem com o significado da palavra AMO. A inocência delas não as deixa compreender o significado dessa palavra, tão querida por todos e tão maldita.

Normalmente, na maioria absoluta das vezes em que essa palavra é usada, ela é falsa.

O homem quer dormir com uma mulher; logo ele usará a palavra AMOR: Te AMO! E vice versa!

Durante séculos o nome AMOR foi usado erradamente, e até hoje não existe um único movimento para tentar colocar a palavra no seu devido lugar.

Sexo, não só não é AMOR, como não têm o menor contacto com ele.

A necessidade fisiológica de menor ou maior intensidade, creio eu, levou o homem a usar a palavra AMOR, erradamente. Mas, como podemos presenciar durante a nossa vida, a necessidade fisiológica nos leva muitas vezes a usar a palavra AMOR.

Quem não escutou um parente ou um amigo declarar: AMO uma feijoada, churrasco ou uma lagosta, etc...

O AMOR é considerado o mais sublime sentimento, e realmente o é, mas não a palavra AMOR, usada como arma de conquista.

Devemos nos juntar e terminar com o uso da palavra AMOR, como designação de um desejo único e exclusivamente sexual, tão comum em TODOS os animais.

Criemos a partir de hoje, um nome que poderemos usar para demonstrar o nosso interesse por alguém que nos atrai fisicamente; como por ex: o que os espanhóis usam: Te quiero!

Vamos tentar colocar ordem em nossos sentimentos e nos dos outros também. Não enganemos e não nos deixemos enganar.

No próximo capitulo falarei só sobre paixão, que erradamente nos apresentam como uma coisa linda, mas com uma analise real chegaremos à outra conclusão!

Armando COSTA ROCHA

Meu filho perdido

Motivo e inspiração: fui viajar e meu filho ficou com a mãe.Tentei varias vezes leva-lo comigo, mas quando o convidava, ele sempre recusava com argumentos vários. Mais tarde fui saber que ele estava seguindo um caminho errado, onde a droga entrava, graças à família do padrasto.Os anos foram passando e ele foi se tornando uma pessoa intragável.Às vezes (nunca compreendi se era consciente ou inconsciente) ele tentava voltar ao tempo em que vivemos juntos.

Ele veio a mim, ávido de amor. Ombros largos, forte como um touro. Queria demonstrar o amor que sentia Mas o coitado, nem amar sabia!

Quais os infelizes que, o ensinaram a amar Quais os pobres de espírito! Ensinando a uma criança O amor dos pobres, dos infelizes!

E ele, na ânsia de amar, Na ânsia de ser compreendido, Abraça com força, esmagando a flor, A flor tão frágil, a flor tão triste!

A GRECIA QUE CONHECI

Conheci muitos Dimitrios, Panaiotes, Atanasios, Ulisses e outros mais mas, não vi a Grécia que me tinha impressionado, como Meca da filosofia.

Onde estão os “Sócrates”, “Diógenes”, “Platão”, “Aristóteles”, etc... . Onde estão os que deram a Grécia o titulo de terra dos filósofos?

Ando por Patras (na Poloponésia), Atenas, Tessalônica, Kavála, Korintos, Alexandropolis, Termopolis, Olimpo, etc..., visito até as ilhas de Creta e em especial Rodos, mas...onde irei encontrar filósofos na Grécia?

Os gregos, com quem falei, se vangloriavam do seu progresso material, e eu, sempre triste, respondia: vocês, hoje, estão talvez na posição no. 40 ou 50 em progresso material, sempre melhorando, mas podem ter a certeza de que NUNCA conseguirão as primeiras colocações; pedia a eles que esquecessem das coisas materiais e que voltassem a ser o que eram, os primeiros em filosofia!

Verdade se diga, NUNCA rebateram, nunca tentaram se justificar da decisão de seguirem o caminho errado: diria antes, caminho triste, nos fazendo sofrer a falta de guias espirituais, humanos, de que tanto necessitamos, em especial nos tempos atuais, onde ninguém mais se entende e onde predominam: o mal, a ambição e a vaidade!

Isso me faz lembrar, falando em vaidade, que quando em debate no Parlamento grego, um dos filósofos disse que “o homem era um bípede sem penas”, na reunião seguinte, outro filosofo trousse uma galinha depenada e virando-se para a assembléia, declarou: “Senhores, eis aqui um homem!”

Pensando nos dias em que estamos vivendo, onde a ignorância e a riqueza andam em par constante, sinto uma dor imensa e uma grande saudade dos filósofos gregos!

Um Capixaba pelo Mundo

1a. VIAGEM INTERCONTINENTAL

O passarinho já está se sentindo forte e confiante e tem em mente muitos vôos para o futuro.

Felizes os pássaros que sabem voar, mais felizes ainda os pássaros, que sabendo voar, voam!

Muitas pessoas me perguntaram no decorrer de minhas viagens a razão e o por quê das mesmas.

No principio da minha narrativa já expliquei isso. Viajar, sempre foi meu sonho. Sim, um sonho, pois no momento não tinha dinheiro nem para ir, da Penha (RJ) onde morava, à Petrópolis.

Um dia conversei com minha família e disse, que dentro dos meus cálculos iria a Europa em 1970.

Foi aquela gargalhada geral, pois quem ganha, como eu ganhava, pouco mais de um salário mínimo, não deve pensar em viajar mais do que uma centena de quilômetros. Mas, como tenho o pensamento positivo e também a certeza de que TODOS podem ter o que querem, desde que realmente queiram, comecei a trabalhar.

Gostaria aqui explicar como entendo o fato de pessoas terem o que querem.

Um casal, sem filhos, por exemplo, quer comprar uma casa, ganhando só três salários mínimos. Pode? Sim, pode, se realmente quiser. O nosso casal diz que, realmente quer mas,...chega o primeiro filho, que eles confessam que, não deviam ter. Compram uma TV nova, porque os vizinhos também compraram mas, que não deviam ter comprado.Vocês me compreenderam?

Quem quer mesmo, tem que se sacrificar em certas coisas, a fim de poder realizar o seu sonho. Não tem mais nem menos, ou você fixa sua meta e vai em frente, ou NUNCA vai chegar lá!

Estou dando toda essa explicação, para vocês compreenderem que foi assim que consegui realizar meu sonho. Não só o de 1966, quando pela primeira vez saí do Brasil, mas dois anos depois em 1968, e finalmente 1969 quando já voava pelos oceanos em direção a outro continente.

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Dia 21 de maio embarco no transatlântico italiano “Eugenio Costa”, considerado na época um dos 10 maiores navios de passageiros do mundo.

De fato o navio era fabuloso, (especialmente para mim, que nunca tinha feito uma viagem marítima antes) tinha três classes: primeira, turista A e turista B, com três restaurantes, vários salões, sala de leitura, jogos, sala de ping-pong, cinema e até capela onde os passageiros podiam assistir missa nos domingos.O navio ainda tinha três piscinas, dois estabilizadores, para não balançar muito, e ar refrigerado na maior parte das dependências.

Pois bem, eu viajei na classe “turista A”, e só não viajei na primeira porque tinha que levar smoking, roupa obrigatória, especialmente no jantar.

O camarote ocupado por mim era para duas pessoas, e o meu acompanhante era um italiano, que vivia no Brasil e ia visitar a família em Genova. Minha mãe me levou ao navio e pediu muito ao italiano para olhar bem pelo seu filhinho...,eu que só tinha 40 anos!

Todas as partidas são tristes, mesmo aquelas que tiram você de um lugar onde você não está gostando de viver. Explicações? Existem varias e nenhuma. Só sei que o navio se foi afastando do cais, muitos acenos, e pouco depois estávamos passando perto do Pão de Açúcar. Era uma linda tarde de outono , mas nesse dia, enquanto via a praia de Copacabana, onde morava, se afastando, chorei.

No decorrer de minhas centenas de viagens, vou compreender uma grande verdade: a primeira viagem é a mais emocionante e embriagadora. Depois, pouco a pouco vai virando rotina.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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