A VERDADE

A PROCURA DO AMOR, capítulo III

DIVAGAÇOES E ANALISES

O sexo e o AMO. Existe contacto entre os dois? Ou é uma tentativa do homem em sublimar um ato automático, existente por necessidade fisiológica e não sentimental?

O uso da palavra “querido, querida”, creio ser mais adequado em situações de satisfação das necessidades fisiológicas, sem ser preciso usar a banalíssima e tão cara palavra AMOR! Creio que o uso da palavra AMOR, na maior parte, poderia até dizer TOTAL parte de nossas satisfações fisiológicas sexuais, transformou a palavra AMOR, em um agradecimento pelo momento passado, e NADA mais do que isso!

A banalização da palavra AMOR, criou, não direi sem querer, um abuso do poder que essa palavra exerce nos homens.

Creio que por honestidade, deveríamos tentar mudar essa errada situação existente, conforme a historia transmite a milênios.

O homem não gosta de mudar fatos que se banalizaram no decorrer dos anos; mesmo que eles tenham destruído centenas de milhões de seres incautos e inocentes.

Eu diria até que, a palavra AMOR, é mais usada como armadilha, como chave para abrir portas complicadas, para enganar os inocentes; creio sinceramente que se transformou na boca do povo em sinônimo de ódio, pelo mal causado!

Devemos, cada um de nos, na crença que temos em nossa honestidade, passar a usar a palavra AMOR, onde ela mais se parecer com a sua real significação!

AMOR! Esse sentimento que temos ao sermos acariciados por uma criança de colo, do nosso contacto com os pássaros, com a musica clássica, que eu considero a dos Deuses, com o nosso sentir por Maria, Jesus, Buda, Maomé e outros santos, aos quais não diferenciamos sexo. Com a natureza, mesmo quando ela se revolta pelo tratamento recebido pelo homem; por fim, pelos sentimentos TOTALMENTE divorciados da matéria.

Por mais incrível que pareça, a procura do AMOR nos transporte a situações que, talvez, poucas mas muito poucas pessoas se dão conta delas.

Vou terminar essa seção de Divagações e Analises e quem sabe, mais tarde voltarei para novas viagens pela mente, essa eterna desconhecida! No próximo capitulo trataremos de que? Nem mesmo eu o sei!

Armando COSTA ROCHA

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem novamente ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente.

O artigo de hoje se chama: “Do povo para o Presidente: Queremos a Reforma Agrária em vida!” (o presidente era Sarney) e foi escrito em 1-3-86.

O senhor prometeu há tanto tempo a Reforma Agrária, Sr. Presidente, que se lhe informar que do dia da sua promessa até hoje, muitos milhares de irmãos morreram de fome ou assassinados pelos que não querem a Reforma Agrária; vai ser difícil o senhor acreditar.

Outros tantos vão morrer por sua culpa. O senhor pode dar um basta. O senhor pode fazer HOJE a Reforma Agrária. O senhor pode fazer o povo feliz, com a mesma determinação que o senhor teve quando congelou os preços.

Cada dia que passa, sem a Reforma Agrária, são outros tantos que morrem por esse Brasil, só por falta de um BASTA, um BASTA que nós sabemos, o senhor pode dar.

Presidente, não pare para pensar, pois um dia a mais, são mais pais, mães e filhos que morrem de fome na terra da abundancia, na terra que só espera ser arada, na terra de DEUS, na terra de nossos irmãos.

Senhor Presidente, e se seus filhos ou pais dependessem da Reforma Agrária para sobreviver?

Quanto tempo o Senhor demoraria em realiza-la? Com certeza de sermos atendidos, agradecemos atenciosamente:

Povo brasileiro! Povo sofrido!

Armando COSTA ROCHA

EDITORIAL

Pensei em oferecer um lugar para vocês, no meu jornal, mas não acho decente, pois ofereci ao meu amigo Timothy Bancroft Hinchey, diretor chefe do Pravda.ru, versão em português, o lançamento no mesmo da seção: Pravda-Juvenil, onde vocês enviariam artigos, poesias, pensamentos filosóficos, etc...

Por isso peço que cooperem com essa seção, e mais tarde, já tudo funcionando normalmente, poderei receber de vocês as suas valiosas contribuições.

Vou passar a escrever também no nosso jornal, algumas idéias filosóficas de vida, pois sei que muitos de vocês se interessam por essa matéria, apesar de muitos não acreditarem.

Aconselho vocês a lerem, lerem e lerem! A leitura é tão necessária para quem quer entender a vida, que sem ela muitos se perdem! Eu sempre achei que o conhecimento é a mais potente droga que existe no Mundo; com a diferença de que ela nos ajuda a compreender e querer sempre compreender mais, sobre TUDO! As outras drogas nos levam ao NADA!

A injustiça social é uma das razões, que levam os sofredores incautos e desconhecedores de vários caminhos de vida, a seguirem esse destrutivo caminho. Por isso peço e pedirei sempre, para que TODOS leiam, procurem conhecer o quê é a vida e onde ela nos leva. Sim! Pois você descobrira que ela nos leva a algum lugar, que não é o que você pensava!

Mistério...mistério!

Armando COSTA ROCHA

MORTE EM VIDA

Motivo e inspiração: Na volta de umas das muitas viagens que fiz, pela Europa, Ásia e África, encontrei as filhas de uma de minhas irmãs. Não as via a mais de 10 anos !

Aconteceu que me apaixonei por uma delas, sendo recíproco o sentimento.Pouco tempo depois, TODA a família veio a saber do que se estava passando. Não fugi da responsabilidade!Ao contrario.

Tentei provar para a família a pureza do meu sentimento e avisei que não tentassem exterminar o quê sentíamos. Apesar de tentar por muito tempo, não consegui evitar que a família destruísse o nosso amor.

Vivia e não queria morrer! Pedidos e suplicas não adiantaram. Tiraram-me a vida, fizeram-me morrer!

Meu DEU aonde vai a maldade do homem! Pobre família, entes queridos, Coisas passadas, que não voltam mais

Sofria e gemia, sofria e morria! A tudo assistiam, sem nada fazer. Morria em vida, morria em agonia! E eles impassíveis, me deixaram morrer!

Armando COSTA ROCHA

UM CAPIXABA PELO MUNDO 1969

Outras viagens para o Uruguai e Argentina, me fizeram parecer um passarinho que começa a voar pela primeira vez e por esse motivo não consegue passar muito tempo parado.

Dessa vez fui acompanhado de um amigo italiano que se chamava Tamborini e que vivia e trabalhava no Brasil, (com visto permanente) com Pedrinho Ludovico, filho do saudoso Senador Pedro Ludovico e irmão do ex-governador Mauro Borges, todos meus amigos.

Hoje, no ano 2003 não consigo entender o por quê, de minhas viagens iniciais serem feitas sem programação; no mínimo relativo aos documentos obrigatórios para elas.

Na entrada do Uruguai, ou seja, na fronteira, fui procurar , como sempre, o cunhado do Gregório, que ao me ver falou: “Já sei que não tens nenhum documento”. E eu respondi: “Adivinhão!”

Ele me informou que já não era o chefe da aduana e que iria me apresentar ao novo chefe para que ele resolvesse o meu caso. Quando soube que o Tamborini também não tinha os documentos em ordem, pediu para mandar o italiano me esperar do outro lado da fronteira. Depois me levou para o escritório do novo chefe da aduana, que se chamava Romeo.

Romeo era um gigante, com mais de dois metros de altura. Recebeu-me muito bem e principiou a contar varias historias, não só relativas ao seu exercício, mas algumas pessoais.

Vou contar só duas, muito interessantes!

Ele não gostava nada dos argentinos, e disse que um belo dia, depois de fechar a fronteira, pois altas horas da noite a fronteira “não funcionava”, chegaram três carros argentinos, com um grande grupo de pessoas, querendo passar. Romeu perguntou por que não chegaram mais cedo? Eles responderam que tinham passado pela casa de uns amigos em Montevidéu, e esquecido da hora. Romeu declarou que não poderiam passar. Argentinos então fizeram uma proposta: perguntaram, que se dando alguma coisa eles conseguiriam? Romeo ficou furioso e disse: “OK, quero 100.000 dólares!” Naturalmente eles reclamaram, e Romeo explodiu: “Vocês são uma cambada de imbecis, pretensiosos! Fora!”

Só no dia seguinte, seguindo regras normais, os argentinos atravessaram a fronteira. E Romeo, continuando a contar o caso, diz: “Se eu tivesse poder, antes que qualquer grupo argentino se aproximasse da fronteira, mandava metralhar, matar e depois, aí então, iria perguntar aos defuntos o que eles queriam!”.

Por aí vocês podem sentir o amor que ele nutria pelos argentinos, que considerava pretensiosos e arrogantes.

A segunda historia interessante era sobre a sua mãe, “uma índia forte, que devia ter uns 2 metros de altura”, como descrevia a mãe o simpático Romeo.

O pai tinha uma padaria onde moravam, e a mãe tomava conta dela na ausência dele. Um dia, estava no lugar do pai, quando um negrão entrou e tentou canta-la. Quando o marido voltou, ela contou o caso. O pai do Romeo, furioso, perguntou onde poderia encontrar o tal negrão, para pedir satisfações, a que a mãe, respondeu calmamente: “Não precisa se preocupar, ele está enterrado no fundo do quintal” Depois de contar mais alguns casos Romeo declarou: “O meu santo foi com o seu e por isso vou providenciar os seus documentos”.

Pouco tempo depois, já de posse da toda papelada necessária e de ter me despedido, segui viagem apanhando Tamborini perto de um bar, já no Uruguai.

Chegamos a Montevidéu e ficamos hospedados no mesmo hotel do ano anterior, e fomos comer no mesmo restaurante, do “Titio”.

Quando fomos comprar passagem para Buenos Aires o vendedor pediu nossos documentos, e ao ver o de Tamborini falou: “Você não tem o visto de entrada, não poderia estar aqui!” Eu entrei com uma conversa mole e afastei Tamborini do lugar. Com a minha passagem na mão, combinei com o meu amigo que ele ficaria me esperando no hotel enquanto eu seguiria para Buenos Aires, onde deveria passar alguns dias na casa da Helena, a guia turística Argentina que conheci no ano anterior.

Dito e feito. Tamborini no hotel e eu seguindo de aerobarco para Buenos Aires, onde terminei passando só dois dias na casa da Helena.

Volta para Montevidéu, onde encontrei o meu amigo, já de namoro com a camareira.

Ritual do restaurante do “Titio” e volta para a fronteira, levando como sempre lembranças para o cunhado do Gregório e desta vez para Romeo também.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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