O Cinema São Luiz

O Cinema São Luiz

Pesquisa de textos de Clóvis Campêlo

Situado no bairro da Boa Vista, no centro do Recife, com a ajuda do Governo do Estado de Pernambuco, é hoje um dos últimos cinemas de rua ainda em atividade na cidade.
Sobre ele, assim se expressa o site Cultura-PE: "Inaugurado no dia 6 de setembro de 1952 e situado às margens do Rio Capibaribe e na cabeceira da mais moderna ponte da cidade à época, a Ponte Duarte Coelho, o São Luiz tornou-se um dos mais emblemáticos cinemas do Recife, prezando por essa arte em sua concepção clássica, com exibição em cine-teatro.

Hoje o Cinema São Luiz é o de mais rica concepção artística e arquitetônica do Recife e um dos últimos cinemas de rua do país. Em 2008 o prédio foi tombado como monumento histórico pelo Governo do Estado que, por meio da Fundarpe, trouxe de volta ao público o tradicional Cinema São Luiz, revitalizado e sem os vícios da mídia cinematográfica, preservando e difundindo a arte do cinema e contribuindo para o resgate da história da cidade e manutenção de um verdadeiro templo de sua cultura. Em 5 de novembro de 2015, o cinema pernambucano inaugurou seu novo projetor digital Barco 23B 4K, com capacidade de projetar filmes em 3D. O São Luiz agora também conta com um servidor digital e novos processadores e amplificadores de som para o formato Dolby 7.1".


Sobre o cinema e os seus painéis, criados pelo artista pernambucano Lula Cardoso Ayres, assim se expressa o site da Universidade Católica de Pernambuco: "O artista, também conhecido como Lula Cardoso Ayres, fez parte da equipe original de engenheiros, artistas e decoradores que projetaram o Cinema São Luiz, juntamente com: Américo Rodrigues Campello, Maurício Coutinho, Oscar Dubeux Pinto e Pedro Correia de Araújo. Lula ficou encarregado de cuidar da decoração e programação visual do hall de entrada do cinema. Filho do artista, engenheiro pernambucano e curador do Instituto Lula Cardoso Ayres, Luiz Cardoso Ayres Filho vem de uma família que teve um importantíssimo papel na construção do Cinema São Luiz. Maurício Coutinho, tio de Luiz Cardoso Filho, foi um dos engenheiros que projetaram o cinema e, juntamente com Luiz Cardoso Ayres, era muito ligado à família Severiano Ribeiro, que era proprietária do São Luiz.

Nessa relação de família e amizade, Cardoso Ayres foi chamado para pintar um mural decorativo para o salão principal do cinema. Essa pintura, produzida em 1952 e finalizada em 1954, sendo restaurada em 1983 e preservada desde então, continua chamando atenção do público que entra no São Luiz devido às suas cores fortes e figuras que remetem-se às manifestações culturais do Recife. Lula Cardoso Ayres não só deu ao Cinema São Luiz um belo mural para a decoração, mas uma identidade visual ao cinema que marca a perfeita união entre o clássico e o moderno. Sua obra permanece imortalizada no último cinema de rua da cidade do Recife".


Para finalizar, transcrevemos o texto publicado pelo site Roteiros PE sobre o cinema: "Situado no cartão postal do Recife, em plena Rua da Aurora e margeado pelo Rio Capibaribe, o Cinema São Luiz foi inaugurado no ano de 1952 e tornou-se o símbolo da era dos cinemas de bairro da capital pernambucana. Construído dentro do Edifício Duarte Coelho numa época de expansão urbana da capital pernambucana, ele ocupa os quatro primeiros pavimentos do prédio de 14 andares. À época de sua inauguração, o são Luiz contava com 1.340 assentos de madeira, revestidas de estofado vermelho. Atualmente a sala passou por um trabalho de restauração e em nome de uma maior acessibilidade reduziu o número de poltronas para 800 lugares.

Sua arquitetura possui tons arte decor e remete à estrutura grandiosa dos cinemas-teatro, com um painel do artista plástico Lula Cardoso Ayres logo na sala de espera, após a entrada. Ao adentrar a sala de exibição, o espectador é presenteado com vitrais laterais que ladeiam a tela, da artista e vitralista pernambucana Aurora de Lima, aluna do artista alemão Heinrich Moser. O São Luiz é um dos poucos cinemas no mundo a ter vitrais dentro de sua sala de exibição. O ambiente tem no seu projeto a participação de profissionais como Américo Rodrigues Campello, Maurício Coutinho, Pedro Correia de Araújo e Oscar Dubeux Neto.

A decoração da plateia foi pensada para fazer com que o espectador se sinta dentro de uma imensa tenda real, através de grandes tapeçarias suspensas, que se cruzam no teto. Este material recebeu o bordado dos três lírios de França, fazendo referência ao Rei da França Luis IX. Além dos lírios, 16 escudos de guerra em referência às cruzadas. Completando o interior, piso de mármore branco, revestimento de paredes em folheado de madeira de jatobá, e luminárias em bronze. Após um período de restauração, o São Luiz foi devolvido aos recifenses com toda a sua beleza, modernizando somente a sua imagem e seu som,

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